Motivações e consequências do descumprimento dos esquemas de imunização no século XXI

Autores

  • Deise Elen Oliveira dos Santos Reis
  • Iago José da Silva Alves
  • Jéssica de Castro Oliveira
  • Paôlla Nayme Martins Morais Nicolau
  • Cristiana Marinho de Jesus França

Resumo

RESUMO: A vacinação almeja induzir a resposta imune aos patógenos nos indivíduos antes de sua exposição a eles. A hesitação vacinal seja por falta de informação, seja por vinculação a grupos antivacina representa risco à saúde individual e à saúde coletiva. Avaliar as motivações do descumprimento dos esquemas de imunização e suas consequências no âmbito da imunidade coletiva. Por meio da análise de cinco artigos originais, publicados entre 2016 e 2019, obtidos via Google Acadêmico, SciELO e PubMed com o uso dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Anti-Vaccination Movement”, “cobertura de vacunación” e “movimento contra vacinação”. As crenças filosóficas e religiosas, os supostos estudos, que revelam ligação da vacinação com a Doença de Crohn e o Transtorno do Espectro Autista (TEA), a oposição ao interesse da indústria farmacêutica na imunização e a desconfiança acerca da segurança e da eficácia vacina fundamentam os movimentos contra vacinação, enquanto, entre a população leiga não organizada, a hesitação vacinal se justifica pela baixa percepção do risco das doenças preveníveis por vacinas, pela noção de que essas enfermidades estão erradicadas, controladas ou são de fácil tratamento e, para algumas regiões periféricas, pela dificuldade de acesso aos serviços de saúde. Sobre as consequências, aponta-se o declínio da imunidade coletiva devido à redução da cobertura vacinal que corrobora o ressurgimento de epidemias de doenças infectocontagiosas para as quais possuem vacinas como o sarampo, a febre amarela e a coqueluche. O problema da hesitação às vacinas não será solucionado apenas pelo endurecimento da legislação que a preconiza, mas sua resolução passa pelo esclarecimento da população sobre a importância, eficácia e segurança das vacinas, bem como de seus efeitos possíveis colaterais e adversos, de modo a reduzir o medo e a disseminação de informações equivocadas e elevar a autonomia do cidadão no cumprimento de suas obrigações de vacinação.

 

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Publicado

2019-11-23

Edição

Seção

RESUMOS - Medicina Preventiva