A SIMULAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE ENSINOAPRENDIZAGEM EM ENFERMAGEM: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.29237/2358-9868.2018v6i2.p98-105Palavras-chave:
Simulação; Educação em enfermagem; Aprendizagem; Tecnologia educacional.Resumo
A simulação como metodologia de ensino-aprendizagem é um instrumento potencialmente transformador da prática formativa em saúde, atentando para a formação de profissionais mais qualificados, produzindo competência técnica, ética e política para o enfrentamento dos problemas de saúde nos quais estejam inseridos. Diante disso, este estudo objetiva analisar a utilização da simulação como estratégia de ensino-aprendizagem em enfermagem. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a partir de publicações científicas indexadas nas bases de dados on-line Lilacs, Pubmed e Rev Enf., no período de 2010 a 2016. Seguindo os critérios de busca, a amostra foi composta por 39 artigos científicos, predominando artigos no idioma inglês (56%), sendo sua maioria publicada em periódicos internacionais, 59% (23), e 41% (16) publicados em periódicos nacionais. Os resultados demostraram que a maioria dos estudos utilizou a simulação com manequins de alta fidelidade no processo de ensino de enfermagem para o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades técnicas. Os 39 artigos estudados foram categorizados em três temas principais, conhecimento e habilidades; segurança do paciente e autoconfiança; pensar criticamente e refletir a prática. A partir da análise desses estudos, concluiu-se que a simulação é uma metodologia ativa que contribui no ensino-aprendizagem de enfermagem, pois dinamiza o ensino através de estratégias inovadoras que possibilitam promover a autonomia, a competência cognitiva e a psicomotora dos estudantes. A simulação é um recurso educacional capaz de promover um novo paradigma em relação ao ensino tradicional.
Referências
2. Conterno SFR, Lopes RE. Inovações do século passado: origens dos referenciais pedagógicos na formação profissional em saúde. Trab. educ. Saúde. 2013;11(3):503-523.
3. Salvador PTCO, Martins CCF, Alves KYA, Pereira MS, Santos VEP, Tourinho FSV. Tecnologia no ensino de enfermagem. Rev Baiana Enferm. 2015;29(1):33-41.
4. Barreto DG, Silva KGN, Moreira SSCR, Silva TS, Magro MCS. Simulação realística como estratégia de ensino para o curso de graduação em enfermagem: revisão integrativa. Rev. baiana enferm. 2014;28(2):208-2014.
5. Neto, AS, Fonseca AS, Brandão CFS. Simulação realística e habilidades na saúde. 1.ed. Rio de Janeiro: Atheneu; 2017.
6. Brandão CFS, Collares CF, Marin HF. A simulação realística como ferramenta educacional para estudantes de medicina. Sci. Med 2014;24(2):187-192.
7. Pedersoli CE, Pedersoli TAM, Faro ACM, Dalri MCB. Ensino do manejo da via aérea com máscara laríngea: estudo randomizado controlado. Rev Bras Enferm. 2016;69(2):368-374.
8. Fonseca LMM, Aredes NDA, Fernandes AM, Batalha LMC, Apóstolo JMA, Martins JCA et al. Simulação por computador e em laboratório no ensino em enfermagem neonatal: as inovações e o impacto na aprendizagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2016;24(1):1-9.
9. Silva AC, Bernardes A, Évora YDM, Dalri MCB, Silva AR, Sampaio CSJC. Desenvolvimento de ambiente virtual de aprendizagem para a capacitação em parada cardiorrespiratória. Rev. Esc. Enferm. USP. 2016;50(6):990-997.
10. Lewis C, Reid J, McLernon Z, Ingham R, Traynor M. The impact of a simulated intervention on attitudes of undergraduate nursing and medical students towards end of life care provision. BMC Palliat Care. 2016;15(1):67.
11. Au ML, Lo MS, Cheong W, Wang SC, Van IK. Nursing students’ perception of high-fidelity simulation activity instead of clinical placement: A qualitative study. Nurse Educ Today. 2016;39:16-21.
12. Hallin K, Häggström M, Bäckström B, Kristiansen LP. Correlations between clinical judgement and learning style preferences of nursing students in the simulation room. Glob J Health Sci. 2016;8(6):1-13.
13. Sousa CS, Bispo DM, Cunha ALM, Siqueira ILCP. Intervenção educativa sobre hipertemia maligna com profissionais de enfermagem do centro cirúrgico. Rev. Esc. Enferm. USP. 2015;49(2):292-297.
14. Quilici AP, Bicudo AM, Gianotto-Oliveira R, Timerman S, Gutierrez F, Abrão KC. Faculty perceptions of simulation programs in healthcare education. Int J Med Educ. 2015;6:166-171.
15. Madhavanprabhakaran G, Al-Khasawneh E, Wittmann L. Perceived benefits of pre-clinical simulation-based training on clinical learning outcomes among Omani undergraduate nursing students. Sultan Qaboos Univ Med J. 2015;15(1):105-111.
16. Liaw SY, Wong LF, Chan SW, Ho JT, Mordiffi SZ, Ang SB, et al. Designing and evaluating an interactive multimedia web-based simulation for developing nurses’ competencies in acute nursing care: randomized controlled trial. J Med Internet Res. 2015;17(1):e5.
17. Shinnick MA, Woo MA. Learning style impact on knowledge gains in human patient simulation. Nurse educ today. 2015;35(1):1062-1067.
18. Valadares AFM, Magro MCS. Opinion of nursing students on realistic simulation and the curriculum internship in hospital setting. Acta paul. enferm. 2014;27(2):138-143.
19. Liaw SY, Chan SW, Chen FG, Hooi SC, Siau C. Comparison of virtual patient simulation with mannequin-based simulation for improving clinical performances in assessing and managing clinical deterioration: randomized controlled trial. J Med Internet Res. 2014;16(9):214.
20. Gerolemou L, Fidellaga A, Rose K, Cooper S, Venturanza M, Aqeel A, et al. Simulation-based training for nurses in sterile techniques during central vein catheterization. Am. J. Crit. Care. 2014;23(1):40-8.
21. Moura, ECC, Caliri MHL. Simulação para desenvolvimento da competência clínica de avaliação de risco para úlcera por pressão. Acta paul. enferm. 2013; 26(4):369-375.
22. Marmol MT, Braga FTMM, Garbin LM, Moreli L, Santos CB, Carvalho EC. Curativo de cateter central em simulador: efeito da presença do tutor ou da aprendizagem autoinstrucional. Rev Latino-Am Enfermagem. 2012;20(6):1-8.
23. Shinnick MA, Woo M, Evangelista LS. Predictors of knowledge gains using simulation in the education of prelicensure nursing students. J Prof Nurs. 2012;28(1):41-47.
24. Alvarez AG, Sasso GD. Aplicação de objeto virtual de aprendizagem, para avaliação simulada de dor aguda, em estudantes de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2011;19(2): 1-9.
25. Santos MC, Leite MCL, Heck RM. Recontextualização da simulação clínica em enfermagem baseada em Basil Bernstein: semiologia da prática pedagógica. Rev Gaúcha. enferm. 2010;31(4):746-52.
26. Santos MC, Leite MCL. A avaliação das aprendizagens na prática da simulação em enfermagem como feedback de ensino. Rev. Gaúcha Enferm. 2010;31(3):552-556.
27. Meska MHG, Mazzo A, Jorge BM, Souza-Junior VD, Negri EC, Chayamiti EMPC. Urinary retention: implications of low-fidelity simulation training on the self-confidence of nurses. Rev Esc Enferm USP. 2016;50(5):833-839.
28. Fernandes AKC, Ribeiro LM, Brasil GC, Magro MCS, Hermann PRS, Leon CGRMP, et al. Simulação como estratégia para o aprendizado em pediatria. REME. 2016;20(1):1-8.
29. Nikendei C, Huhn D, Pittius G, Trost Y, Bugaj TJ, Koechel A, et al. Students’ perceptions on an interprofessional ward round training - a qualitative pilot study. GMS J Med Educ. 2016; 33(2):1-15.
30. Granero-Molina J, Fernández-Sola C, López-Domene E, Hernández-Padilla JM, Preto LSR, Castro-Sánchez AM. Effects of web-based electocardiography simulation on strategies and learning styles. Rev. esc. enferm. USP 2015;49(4):650-656.
31. Teixeira CRS, Kusumota L, Pereira MCA, Braga FTMM, Gaioso VP, Zamarioli CM, et al. Anxiety and performance of nursing students in regard to assessment via clinical simulations in the classroom versus filmed assessments. Invest Educ Enferm 2014; 32(2):270-9.
32. Baptista RCN, Martins JCA, Pereira MFCR, Mazzo A. Students' satisfaction with simulated clinical experiences: validation of an assessment scale. Rev. Latino-Am. Enfermagem 2014;22(5):709-715.
33. Valizadeh L, Amini A, Fathi-Azar E, Ghiasvandian S, Akbarzadeh B. The effect of simulation teaching on baccalaureate nursing students’ self-confidence related to peripheral venous catheterization in children: a randomized trial. J Caring Sci. 2013;2(2):157-64.
34. Soares AN, Gazzinelli MF, Souza V, Araújo LHL. Role Playing Game (RPG) na graduação em enfermagem: potencialidades pedagógicas. Rev eletrônica enferm 2016;18(1):1-10.
35. Zarifsanaiey N, Amini M, Saadat F. A comparison of educational strategies for the acquisition of nursing student’s performance and critical thinking: simulation-based training vs. integrated training (simulation and critical thinking strategies). BMC Med Educ. 2016;16(1):294.
36. Agrawal N, Kumar S, Balasubramaniam SM, Bhargava S, Sinha P, Bakshi B, et al. Effectiveness of virtual classroom training in improving the knowledge and key maternal neonatal health skills of general nurse midwifery students in Bihar, India: A pre - and post-intervention study. Nurse Educ Today. 2016;36:293-297.
37. Herrera CAN, Molina NGV, Becerra JAB. Fortalecimiento de la simulación clínica como herramienta pedagógica en enfermería: experiencia de internado. Rev Cuid. 2015;6(1):970-5.
38. Teixeira CRS, Pereira MCA, Kusumota L, Gaioso VP, Mello CL, Carvalho EC. Evaluation of nursing students about learning with clinical simulation. Rev Bras. Enferm. 2015;68(2):311-319.
39. Wang R, Shi N, Bai J, Zheng Y, Zhao Y. Implementation and evaluation of an interprofessional simulation-based education program for undergraduate nursing students in operating room nursing education: a randomized controlled trial. BMC Med Educ. 2015;15(1):115.
40. Chen AM, Kiersma ME, Yehle KS, Plake KS. Impact of the Geriatric Medication Game® on nursing students’ empathy and attitudes toward older adults. Nurse Educ Today 2015;35(1):38-43.
41. Bolesta S, Chmil JV. Interprofessional education among student health professionals using human patient simulation. Am. J. Pharma. Educ. 2014;78(5):94.
42. Shinnick MA, Woo MA. The effect of human patient simulation on critical thinking and its predictors in prelicensure nursing students. Nurse educ today 2013;33(9):1062-1067.
43. Powell-Laney S, Keen C, Hall, K. The use of human patient simulators to enhance clinical decision-making of nursing students. Educ Health 2012;25(1):11-15.
44. Aebersold M, Tschannen D, Bathish M. Innovative simulation strategies in education. Nurs Res. Pract 2012;2012:1-7.
45. Maxson PM, Dozois EJ, Holubar SD, Wrobleski DM, Dube JA, Klipfel JM, et al. Enhancing nurse and physician collaboration in clinical decision making through high-fidelity interdisciplinary simulation training. Mayo Clin Proc. 2011;86(1)31-36.