Pré-natal: a visão das gestantes e puérperas usuárias do serviço de saúde pública

Autores

  • Ana Paula Fontana Universidade de Rio Verde, Rio Verde – GO – Brasil
  • Adriane Borges de Andrade Medanha Universidade de Rio Verde, Rio Verde – GO – Brasil
  • Mariana Xavier Inácio Universidade de Rio Verde, Rio Verde – GO – Brasil
  • Priscilla de Paula Gusmão Centro Universitário de Anápolis UniEVANGÉLICA, Anápolis – GO – Brasil

DOI:

https://doi.org/10.29237/2358-9868.2017v5i2.p72-78

Resumo

Objetivo: Este trabalho objetiva conhecer a visão das gestantes e puérperas usuárias do serviço de saúde pública de Rio Verde sobre o pré-natal. Método: É um estudo de campo, transversal, qualiquantitativo, realizado com gestantes atendidas em uma maternidade na cidade de Rio Verde-GO no período de outubro de 2015 a março 2016. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário semiestruturado elaborado pelos autores. Resultados: Foram entrevistadas 88 mulheres, com média de idade de 25,38±6,11 anos. A cobertura pré-natal na amostra foi alta 92 (97,88%), com número médio de consultas de 6,5±2,45 e idade gestacional média de início de acompanhamento de 10,36±6,22 semanas. Poucas gestações foram planejadas 32 (34,09%), e um alto número de mulheres 6 (6,81%) não tem apoio familiar para realização do pré-natal, entretanto tais variáveis não reduziram a adesão ao pré-natal ou o número de consultas realizadas. Destas, 26 (29,54%) relataram encontrar dificuldades na realização do pré-natal, sendo a principal delas o transporte. As doenças com maior índice de diagnóstico foram infecção de trato urinário e anemia. Conclusão: O percentual de gestantes que tem aderido ao pré-natal tem aumentado, apesar de ainda haver, entre elas, desconhecimento sobre o que é o acompanhamento e quais são seus objetivos. Percebe-se que, com a realização do pré-natal, muitas doenças podem ser diagnosticadas e tratadas minimizando os problemas de saúde no binômio mãe-filho.

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Publicado

2017-12-18