Percepção da amamentação em mães pediatras

Autores

  • Brenda Miranda Aidar Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA, Anápolis – GO – Brasil.
  • Isabela Louise Caldeira Silva Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA, Anápolis – GO – Brasil.
  • Mariana Bratz da Silva Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA, Anápolis – GO – Brasil.
  • Regiane Geralda Rosa de Sales Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA, Anápolis – GO – Brasil.
  • Marluce Martins Machado da Silveira Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA, Anápolis – GO – Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.29237/2358-9868.2017v5i2.p41-48

Resumo

Objetivo: Investigar as significações sobre amamentação e a prática do aleitamento materno em mães pediatras de uma cidade de médio porte da Região Centro-Oeste que praticaram o aleitamento materno e as causas de desmame envolvidas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com abordagem qualitativa, composto por 10 médicas pediatras que são mães e amamentaram seus filhos. As respostas foram analisadas por meio da análise hermenêutico-dialética, objetivada por Minayo. Resultados: Observou-se por meio dos resultados obtidos que as mães pediatras compartilham com as mulheres em geral as alegrias e dificuldades no processo de amamentação, fortalecendo a visão do aleitamento materno além do fenômeno biológico, mas permeado pela cultura, pelos aspectos individuais, emocionais e vivenciais de cada mulher, os quais atuam de forma significativa na decisão e no sucesso da amamentação. Conclusão: As pediatras voluntárias no estudo demonstraram conhecimento e motivação para amamentar, ao mesmo tempo em que reconhecem as dificuldades impostas à mulher, as quais, muitas vezes, inclusive no grupo estudado, culminam no desmame precoce.

Referências

1. Rego JD. Aleitamento Materno. São Paulo e Belo Horizonte: Editora Atheneu, 2001.
2. Association of Women’s Health, Obstetric and Neonatal Nurses (AWHONN). JOGNN. 2015; 44 (1):145-150.
3. Lamberti LM, Fischer Walker CL, Noiman A, Victora C, Black RE. Breastfeeding and the risk fordiarrhea morbidity and mortality. BMC Public Health. 2011; 11(3): S15.
4. Esteves TMB, Daumas RP, Oliveira MICd, de CAdF, Andrade, Leite IC. Fatores associados à amamentação na primeira hora de vida: revisão sistemática. Rev Saúde Pública 2014; 48(4):697–708.
5. Venâncio SI, Escuder MML, Kitoko P, Rea MF, Monteiro CA. Frequência e determinantes do aleitamento materno em municípios do Estado de São Paulo. Rev Saúde Pública. 2002.
6. Bueno MB, Souza JMP, Souza SB, Paz SMRS, Gimeno SGA, Siqueira AAF. Riscos associados ao processo de desmame entre crianças nascidas em hospital universitário de São Paulo, entre 1998 e 1999: estudo de coorte prospectivo do primeiro ano de vida. Cad Saúde Pública. 2003; 19:1453-60.
7. Machado M, Assis K, Oliveira F, Ribeiro A, Araújo R, Cury A, et al. Determinantes do abandono do aleitamento materno exclusivo: fatores psicossociais. Rev Saúde Pública. 2014; 48:985-994.
8. Baccolini CS, Carvalho ML, Oliveira MIC, Vasconcellos AG. Factors associated with breastfeeding in the first hour of life. Rev Saude Publica. 2011;45(1):69-78.
9. Carrascoza KC, Júnior ALC, Ambrozano GMB, Moraes ABA. Análise de variáveis biopsicossociais relacionadas ao desmame precoce. Paidéia. 2005;15(30):93-104.
10. Silva AAM. Amamentação: fardo ou desejo? Estudo histórico social dos saberes e práticas sobre aleitamento materno na sociedade brasileira. 1990. 236 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Preventiva). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 1990.
11. Pereira WSB. O processo de amamentar o meu bebê: o que senti, aprendi e descobri. Rev. Enferm. UFPE On Line.2007; 1(2): 270-73.
12. Minayo MCS. O desafio do conhecimento - Pesquisa qualitativa em saúde. 14. ed. São Paulo; Hucitec editora; 2014.
13. Arantes CIS. Amamentação: visão das mulheres que amamentam. J. Pediatr. 1995; 71(4): 195-202.
14. Montrone AVG, Arantes CIS, Nassar ACS, Zanon T. Trauma mamilar e a prática de amamentar: estudo com mulheres no início da lactação. Revista APS. 2006; 9 (2):168-174.
15. Coca KP, Gamba MA, Silva RS, Abrão ACFV. A posição de amamentar determina o aparecimento do trauma mamilar? Rev Esc Enferm. USP. 2009; 43(2): 446-452.
16. Frota MA, Costa FL, Soares SD, Filho OAS, Albuquerque CM, Casimiro CF. Fatores que interferem no aleitamento materno. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste. 2009; 10(3).
17. Brasil. Ministério da saúde. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde / Ministério da saúde, Secretaria de atenção à saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. –Brasília: Ministério da saúde, 2011.
18. Adesse L. Amamentação: um ato contraditório [dissertação]. Rio de Janeiro: Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz; 1994.
19. Silva LS, Mendes FC. Motivos do desmame precoce: um estudo qualitativo. Revista Baiana de Enfermagem‏. 2013; 25(3).
20. Sanches MTC, Buccini GS, Gimeno SGA, Rosa TEC, Bonamigo AW. Fatores associados à interrupção do aleitamento materno exclusivo de lactentes nascidos com baixo peso assistidos na atenção básica. Cad. Saúde Pública. 2011; 27(5): 953-965.
21. Almeida JAG. Amamentação um híbrido natureza-cultura. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2002.
22. Giugliani ERJ. Problemas comuns na lactação e seu manejo. Jornal de Pediatria. 2004; 80(5): 147-154.
23. Demétrio F, Silva MCM, Santos SMC, Assis AMO. Meanings attributed to breastfeeding in the first two years of life: a study with women from two municipalities in the Recôncavo Baiano region of Bahia, Brazil .Rev. Nutr. 2013; 26(1):5-16.
24. Takushi SAM, Tanaka ACA, Gallo PR, Machado MAMP. Motivação de gestantes para o aleitamento materno. Rev Nutr.2008; 21(5): 491-502.
25. Brasil. Ministério da saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009.
26. Nakar S, Peretz O, Hoffman R, Grossman Z, Kaplan B, Vinker S. Attitudes and knowledge on breastfeeding among paediatricians, family physicians, and gynaecologists in Israel. Israel, 2007.
27. Machado MMT, Bosi MLM. Compreendendo a prática do aleitamento exclusivo: um estudo junto a lactantes usuárias da rede de serviços em Fortaleza, Ceará, Brasil. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2008; 8(2): 187-196.
28. Faleiros FTV, Trezza EMC, Carandina L. Aleitamento materno: fatores de influência na sua decisão e duração. Rev Nutr 2006; 19(5):623-30.

Downloads

Publicado

2017-12-18