A Intervenção Odontológica e a Visão Da Equipe Multidisciplinar em Pacientes Portadores de Parkinson do Hospital Dia Geriátrico de Anápolis
DOI:
https://doi.org/10.29232/2317-2835.2017v22i1.p76-81Resumo
Objetivo: O presente estudo tem por objetivo descrever o atendimento do Cirurgião Dentista aos pacientes com Parkinson atendidos em um Hospital Dia Geriátrico no município de Anápolis, bem como a visão da equipe multidisciplinar sobre a atuação do mesmo. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo transversal. A pesquisa foi realizada no Hospital Dia do Idoso de Anápolis – GO (HDI), onde os profissionais do HDI responderam ao questionário sobre o acesso aos atendimentos odontológicos realizados com os Parkinsonianos cadastrados no HDI entre o período de agosto a dezembro de 2016. Resultados: A partir da coleta de dados foi observado que 94,9% dos entrevistados da equipe multidisciplinar acharam importante indicar o paciente com Doença de Parkinson (DP) para atendimento odontológico e 53,5% reconheceram a importância da atuação do Cirurgião-Dentista, sendo que 56,4% dos profissionais da equipe encaminhavam os pacientes com Parkinson para atendimento odontológico. Dentre as condutas para tratamento odontológico encontradas, observou-se uma boa relação entre os cirurgiões-dentistas e os pacientes, notou-se um grande enfoque no acompanhamento preventivo, assim como o envolvimento dos cuidadores nesse processo. Conclusão: Após a análise dos resultados obtidos, verificou-se a essencialidade de um programa multidisciplinar, envolvendo todos os profissionais da saúde, em conjunto com o Cirurgião-Dentista para uma melhora da saúde bucal, física e mental, articulados em uma tarefa integrada, trazendo ao portador da doença de Parkinson uma melhor qualidade de vida.Referências
1.Souza CFM, Almeida, HCP, Sousa JB, Costa PH, Silveira YSS,
Bezerra JCLA. Doença de Parkinson e o Processo de Envelhecimento
Motor: Uma Revisão de Literatura. Rev Neuro Mos.
2011; 19(4):718-23.
2. Navarro-peternella FM, Marcon SS. A Convivência Com a
Doença de Parkinson na Perspectiva do Parkinsoniano e Seus
Familiares. Rev Gau Enfer. 2010; 31(3):415-22.
3. Bulgarelli AF, Pinto LC, Rodrigues Júnior Al, Manço ARX. Estudo
das queixas sobre saúde bucal em uma população de
nicação serão necessárias, assim como a presença de
algum responsável. Para uma melhora da saúde oral,
logo após o diagnóstico da DP, um cirurgião-dentista
deve ser consultado para desenvolver um tratamento
adequado, visando pouca manutenção na fase inicial e
um rigoroso plano preventivo, com retornos frequentes.
Um plano de tratamento adequado deve preconizar
o atendimento pela manhã, com sessões curtas e em
casos de pacientes com a doença avançada os procedimentos
devem ser realizados num período de 60 a
90 minutos, quando o medicamento antiparkinsoniano
estiver no pico de sua ação no organismo11.
Não é recomendada a inclinação da cadeira
odontológica em mais de 45º pelo fato deste posicionamento
prejudicar a postura do cirurgião- dentista
durante o atendimento, além de ser indispensável um
cuidado maior, visto que, distúrbios da deglutição, poderiam
levar os pacientes como DP a desenvolver pneumonia
por aspiração de saliva. Odontologia preventiva
é imprescindível no tratamento dentário nos pacientes
com DP. A conduta inicial mais atraumática e menos
invasiva possível, e a exodontia só deve ser uma op-
ção quando nenhuma outra técnica conservadora deu
resultado. O procedimento correto para o tratamento
periodontal não é o cirúrgico, devido à dificuldade
do controle da placa no pré e pós-cirúrgico. Uma boa
opção é o tratamento não cirúrgico, que inclui: profilaxia,
raspagem e alisamento coronorradicular em um
pequeno intervalo de tempo. Um dos procedimentos
mais efetivos feitos em pacientes com algum problema
motor é a remoção de placa. Para prevenção das gengivites
e outras patologias periodontais recomenda-se
gluconato de clorexidina e para pacientes que não tem
habilidade para cuspir é indicado um frasco com pulverizador
com a solução terapêutica que é aplicado delicadamente
nos tecidos orais pelo paciente ou cuidador12,13.
O atendimento multidisciplinar com profissionais
de diversas áreas, como: Nutricionista, Médicos,
Cirurgiões Dentistas, Auxiliares de Saúde Bucal, Equipe
Administrativa, Equipe de Reabilitação (Fonoaudiologia
e Fisioterapia), Equipe de Enfermagem (Enfermeiros e
técnicos de enfermagem) e Equipe de Geriatria, é essencial
para o sucesso do tratamento odontológico do
parkinsoniano14.
80 Ferreira et al./ Sci Invest Dent 2017; 22(1):76-81.
idosos na cidade de Ribeirão Preto-SP. Rev Bras Geria Geront.
2009; 12(2):175-91.
4. Alves Neto JSE, Morelli CC, Saranholi WA. Odontologia Na
Busca De Uma Equipe Multidisciplinar Para Melhor Atendimento
Às Pessoas Com Necessidades Educacionais Especiais.
Ass Atend Educa Especi, 2009.
5. Rosa LB, Zuccolotto MC, Bataglion C, Coronatto EAS. Odontogeriatria
– a saúde bucal na terceira. Revi Facul Odontol.
2008; 13(2):82-6.
6. El Hetti LB, Bernardes A, Gabriel CS, Fortuna CM, Mazieiro
VG. Educação permanente/continuada como estratégias de
gestão no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Rev
Eletro Enferm. 2013; 15(4):973-82.
7. Lemos CLS. Educação Permanente em Saúde no Brasil: educação
ou gerenciamento permanente?. Ver Cien Sau Cole.
2016; 21(3):913-22.
8. Lins CCSA, Melo ACMA, Lima GA. Atenção à saúde bucal de
idosos com Parkinson na Universidade Federal de Pernambuco:
Relato de Experiência. Rev Port Divulg. 2015; 44.
9. Silva O, Panhoca L, Blanchman I. Os pacientes portadores de
necessidades especiais: Revisando os conceitos de incapacidade,
deficiência e desvantagem. Rev Salus. 2004, 23(1):109-16.
10. Brunetti-Montenegro FL, Marchini L. Odontogeriatria: Uma
Visão Gerontológica. Rio de Janeiro: Elservier; 2013. p. 179-90.
11. Mancopes R, Busanello-Stella AR, Finger LS, Neu AP, Pacheco
AB, Torriani MS. Influência Da Levodopa Sobre A Fase
Oral Da Deglutição Em Pacientes Com Doença De Parkinson.
Rev CEFAC. 2012.
12. Fiske J, Hyland K. Doença Bucal e Cuidados de Parkinson In:
Atualização Dental, 2012. p. 58.
13.Campostrini E. Odontogeriatria. São Paulo: Revinter; 2004.
p. 224-51.
14. Moreira CS, Martins KFC, Neri VC, Araújo PG. Doen-
ça De Parkinson: Como Diagnosticar e Tratar. Rev Cient Facul
Med Camp. 2007; 2(2).
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logo após o diagnóstico da DP, um cirurgião-dentista
deve ser consultado para desenvolver um tratamento
adequado, visando pouca manutenção na fase inicial e
um rigoroso plano preventivo, com retornos frequentes.
Um plano de tratamento adequado deve preconizar
o atendimento pela manhã, com sessões curtas e em
casos de pacientes com a doença avançada os procedimentos
devem ser realizados num período de 60 a
90 minutos, quando o medicamento antiparkinsoniano
estiver no pico de sua ação no organismo11.
Não é recomendada a inclinação da cadeira
odontológica em mais de 45º pelo fato deste posicionamento
prejudicar a postura do cirurgião- dentista
durante o atendimento, além de ser indispensável um
cuidado maior, visto que, distúrbios da deglutição, poderiam
levar os pacientes como DP a desenvolver pneumonia
por aspiração de saliva. Odontologia preventiva
é imprescindível no tratamento dentário nos pacientes
com DP. A conduta inicial mais atraumática e menos
invasiva possível, e a exodontia só deve ser uma op-
ção quando nenhuma outra técnica conservadora deu
resultado. O procedimento correto para o tratamento
periodontal não é o cirúrgico, devido à dificuldade
do controle da placa no pré e pós-cirúrgico. Uma boa
opção é o tratamento não cirúrgico, que inclui: profilaxia,
raspagem e alisamento coronorradicular em um
pequeno intervalo de tempo. Um dos procedimentos
mais efetivos feitos em pacientes com algum problema
motor é a remoção de placa. Para prevenção das gengivites
e outras patologias periodontais recomenda-se
gluconato de clorexidina e para pacientes que não tem
habilidade para cuspir é indicado um frasco com pulverizador
com a solução terapêutica que é aplicado delicadamente
nos tecidos orais pelo paciente ou cuidador12,13.
O atendimento multidisciplinar com profissionais
de diversas áreas, como: Nutricionista, Médicos,
Cirurgiões Dentistas, Auxiliares de Saúde Bucal, Equipe
Administrativa, Equipe de Reabilitação (Fonoaudiologia
e Fisioterapia), Equipe de Enfermagem (Enfermeiros e
técnicos de enfermagem) e Equipe de Geriatria, é essencial
para o sucesso do tratamento odontológico do
parkinsoniano14.
80 Ferreira et al./ Sci Invest Dent 2017; 22(1):76-81.
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2009; 12(2):175-91.
4. Alves Neto JSE, Morelli CC, Saranholi WA. Odontologia Na
Busca De Uma Equipe Multidisciplinar Para Melhor Atendimento
Às Pessoas Com Necessidades Educacionais Especiais.
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5. Rosa LB, Zuccolotto MC, Bataglion C, Coronatto EAS. Odontogeriatria
– a saúde bucal na terceira. Revi Facul Odontol.
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6. El Hetti LB, Bernardes A, Gabriel CS, Fortuna CM, Mazieiro
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gestão no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Rev
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7. Lemos CLS. Educação Permanente em Saúde no Brasil: educação
ou gerenciamento permanente?. Ver Cien Sau Cole.
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8. Lins CCSA, Melo ACMA, Lima GA. Atenção à saúde bucal de
idosos com Parkinson na Universidade Federal de Pernambuco:
Relato de Experiência. Rev Port Divulg. 2015; 44.
9. Silva O, Panhoca L, Blanchman I. Os pacientes portadores de
necessidades especiais: Revisando os conceitos de incapacidade,
deficiência e desvantagem. Rev Salus. 2004, 23(1):109-16.
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12. Fiske J, Hyland K. Doença Bucal e Cuidados de Parkinson In:
Atualização Dental, 2012. p. 58.
13.Campostrini E. Odontogeriatria. São Paulo: Revinter; 2004.
p. 224-51.
14. Moreira CS, Martins KFC, Neri VC, Araújo PG. Doen-
ça De Parkinson: Como Diagnosticar e Tratar. Rev Cient Facul
Med Camp. 2007; 2(2).
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Publicado
2017-11-30
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ARTIGOS
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