A PERCEPÇÃO DA MULHER SOBRE O MACHISMO PRESENTE EM SEU DISCURSO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37951/2318-2288.2021v10i2.p67-81

Palavras-chave:

Preconceito de Gênero, Machismo, Discurso, Percepção da Mulher

Resumo

Este estudo teve como objetivo compreender a percepção das mulheres ao discurso machista reproduzido por elas próprias. Ao estarem inseridas em um ambiente no qual há o reforçamento da desigualdade de gênero e a normalização do machismo, as mulheres tendem a introjetar e transmitir ideias sexistas. Para tal utilizou-se de entrevistas semiestruturadas dispondo de amostragem não probabilística de conveniência utilizando do método de saturação como critério de definição do número de participantes. A análise foi realizada a partir do processo inferencial e do software Iramuteq permitindo interpretação do repertório linguístico. Os resultados obtidos confirmam que as mulheres internalizam e reproduzem o sexismo que as oprimem, além do que ao serem provocadas à reflexão, elas podem vir a tomar consciência de alguns discursos nocivos que propagam.

Biografia do Autor

Débora Mota Barros, Universidade Evangélica de Goiás - UniEvangélica

Graduanda em Psicologia pela Universidade Evangélica de Goiás - UniEvangélica

Margareth Regina Gomes Veríssimo de Faria, Centro Universitário de Anápolis - UniEvangélica

Psicóloga Doutora em Psicologia Professora Colaboradora do PSSP - Mestrado em Psicologia PUC Goiás - Linha de Pesquisa em Psicologia Clínica e Saúde Membro de Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Anápolis  Membro do NDE do Curso de Psicologia do Centro Universitário de Anápolis

Ana Luisa de Melo Abrahão, Universidade Evangélica de Goiás - UniEvangélica

Graduanda em Psicologia pela Universidade Evangélica de Goiás - UniEvangélica

Joice Eugênia dos Reis, Universidade Evangélica de Goiás - UniEvangélica

Graduanda em Psicologia pela Universidade Evangélica de Goiás - UniEvangélica

Larissa Lúcia de Castro e Sousa, Universidade Evangélica de Goiás - UniEvangélica

Graduanda em Psicologia pela Universidade Evangélica de Goiás - UniEvangélica

Victória Maria Viana Carvalho de Moura, Universidade Evangélica de Goiás - UniEvangélica

Graduanda em Psicologia pela Universidade Evangélica de Goiás - UniEvangélica

Isabella Fernandes da Costa, Universidade Evangélica de Goiás - UniEvangélica

Graduanda em Psicologia pela Universidade Evangélica de Goiás - UniEvangélica

Referências

ALVES, Branca Moreira; PITANGUY, Jacqueline. O que é feminismo. 1. ed. Brasília: Brasiliense,2017.
ARARUNA, Lethícia Silva. O machismo não é piada. Orientador: Mathieu Turgeon. 2016. 32 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciência Política). Universidade de Brasília - Unb. Brasília: 2016. Disponível em: http://bdm.unb.br/handle/10483/16865 . Acesso em: 20 nov. 2018.
BATISTA, Gabriela Sotti. Composição urbana como mobilizador social de representatividade da mulher na mídia. Orientador: Nayara Moreno de Siqueira. 2016. 48 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Design). Universidade de Brasília - Unb. Brasília: 2016. Disponível em: http://www.bdm.unb.br/handle/10483/15689. Acesso em: 25 out. 2018.
BIROLI, Flávia; MIGUEL, Luis Felipe. Gênero, raça, classe: opressões cruzadas e convergências na reprodução das desigualdades. Mediações-Revista de Ciências Sociais. Londrina, v.20, n.2, p.27-55, 2015. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/24124. Acesso em: 25 out. 2018.
BOLZAN, Liana de Menezes. Onde estão as Mulheres? A homogeneização da atenção à saúde da mulher que faz uso de drogas. Orientador: Maria Isabel Barros Bellini. 2015. 150 f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC-RS. Rio Grande do Sul: 2015. Disponível em: http://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/7196/1/000467579-Texto%2BCompleto-0.pdf. Acesso em: 30 out. 2018.
CARVALHO, Déborah Soares de. A perpetuação da violência de gênero na sociedade brasileira. Orientador: Ana Flávia do Amaral Madureira. 2016. 64 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Psicologia). Centro Universitário de Brasília - UniCEUB. Distrito Federal, Brasília. Disponível em: https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/10348. Acesso em: 30 out. 2018.
DALMONTE, Edson Fernando. Dos efeitos fortes à hipótese de percepção do efeito de terceira pessoa: uma verificação empírica. Contemporanea – Revista de Comunicação e Cultura. Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, p. 1-72, 2006. Disponível em: http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/16053446352695602227138577845257531127.pdf. Acesso em: 12 jun. 2019.
DAMATTA, Roberto. Tem pente aí? Reflexões sobre a identidade masculina. Enfoque. Rio de Janeiro, v.9, n.1, p. 31-49, 2010. Disponível em: http://www.enfoques.ifcs.ufrj.br/ojs/index.php/enfoques/article/download/104/96. Acesso em: 15 jan. 2019
DANTAS, Maressa Fauzia Pessoa; CISNE, Mirla. “Trabalhadora não é o feminino de trabalhador”: superexploração sobre o trabalho das mulheres. Argumentum. v.9. n.1, p. 75-88, 2017. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/4755/475555259002.pdf. Acesso em: 13 nov. 2018.
DE BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo. 2. ed. São Paulo: Difusão Europeia do livro, 1967.
DINIZ, Normélia Maria Freire et al. Violência conjugal: vivências expressas em discursos masculinos. Revista da Escola de Enfermagem da USP. São Paulo, v.37, n.2, p.81-88, 2003. DOI https://doi.org/10.1590/S0080-62342003000200010. Disponível em: http://www.periodicos.usp.br/reeusp/article/view/41343. Acesso em: 15 jan. 2019
EVERYDAY Sexism Project. Disponível em: https://everydaysexism.com/country/br. Acesso em: 25 mai. 2019.
FEIST, Jesse; FEIST, Gregory J. Teorias da personalidade. 8. ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2008.
GODOY, Arlida Schmidt. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, v.35, n.5, p. 57-63, 1995. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rae/v35n2/a08v35n2.pdf. Acesso em: 13 jun.2019.
GONÇALVES, Maria da Graça Marchina. Fundamentos metodológicos da psicologia sócio-histórica. In:______. (org.). Psicologia sócio-histórica: uma perspectiva crítica em psicologia. São Paulo: Cortez, 2001. p. 113-128.
JUNG, Carl Gustav. Arquétipos e o inconsciente coletivo. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
MANZINI, Eduardo José. Entrevista semi-estruturada: Análise de objetivos e de roteiros. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE PESQUISA E ESTUDOS QUALITATIVOS, 2., 2004, Bauru. Anais… Bauru: SIPEQ, 2004.
MURARO, Rose Marie; BOFF, Leonardo. Feminino e masculino: uma nova consciência para o encontro das diferenças. Rio de Janeiro: Sextante, 2002.
MYERS, David Guy. Psicologia Social. 10. Ed. São Paulo: Mc Graw Hill, 2014.
NETTO, Helena Henkin Coelho; BORGES, Paulo César Corrêa. A MULHER E O DIREITO PENAL BRASILEIRO: entre a criminalização pelo gênero e a ausência de tutela penal justificada pelo machismo. Revista de Estudos Jurídicos UNESP, v. 17, n. 25, 2013.
NEUKIRCHEN,Clarice Braatz Schmidt. Sou mulher, mas sou machista. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE LEITURA, HISTÓRIA E MEMÓRIA. 13., 2017, Maringá. Anais...Cascavel: UNIOESTE, 2017.
OLIVEIRA, Maria de Fátima Cabral Barroso de. A mídia e as mulheres: feminismos, representação e discurso. Tese (Doutorado em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês). Universidade de São Paulo – USP. São Paulo: 2005. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-05042006-092423/en.php. Acesso em: 20 nov. 2018.
ORLANDI, Eni Pulcinelli. Análise de Discurso: princípios e procedimentos. 12. ed. Campinas: Pontes, 2010.
RIBEIRO, Jaime; SOUZA, Francislê Neri de; LOBÃO, Catarina. Editorial: Saturação da Análise na Investigação Qualitativa: Quando Parar de Recolher Dados? Revista Pesquisa Qualitativa. v.6, n.10, p.3-7, 2018. Disponível em: https://editora.sepq.org.br/index.php/rpq/article/view/213. Acesso em: 12 jun. 2019.
SALDANHA, Marília; NARDI, Henrique Caetano. Uma psicologia feminista brasileira? Sobre destaque, apagamento e posição periférica. Revista Psicologia Política. v.16, n.35, p.35-52, 2016. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1519-549X2016000100003&script=sci_abstract&tlng=fr. Acesso em: 15 jan. 2019.
SILVA, Andressa Hennig; FOSSÁ, Maria Ivete Trevisan. Análise de conteúdo: exemplo de aplicação da técnica para análise de dados qualitativos. Qualitas Revista Eletrônica, v. 16, n. 1, 2015. DOI: http://dx.doi.org/10.18391/qualitas.v16i1.2113. Disponível em: http://revista.uepb.edu.br/index.php/qualitas/article/view/2113. Acesso em:12 jun.2019.
SOUZA, Marilsa Aparecida Alberto Assis. Discutindo a relação gênero/trânsito na escola. Revista triângulo. v.3, n.1, 2010. Disponível em: https://doi.org/10.18554/rt.v3i1.110. Acesso em: 15 jan. 2019.
TEIXEIRA, Lisiany Dantas Lopes. Gênero, Cidadania e Questão Social: O empoderamento feminino a partir dos programas sociais. In: CONGRESSO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO CEARÁ, 14., Crato, 2015. Anais… Crato: UFC, 2015.
THOMPSON, John Brookshire. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
VASSAL, Mylène G. P. Aproximação conceitual: gênero, direito, violência contra as mulheres e direitos humanos. Curso Capacitação em Gênero, 2013. Disponível em: https://www.emerj.tjrj.jus.br/serieaperfeicoamentodemagistrados/paginas/series/14/capacitacaoemgenero_104.pdf. Acesso: 18 nov. 2020.

Publicado

2022-08-29

Edição

Seção

Artigos