PERFIL DE SUSCETIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS EM INFECÇÕES COMUNITÁRIAS DO TRATO URINÁRIO EM MULHERES DA CIDADE DE ANÁPOLIS/GO

Autores

  • Eliane Pureza Lemes
  • Jéssica Araújo Matos Araújo Matos
  • Ana Luiza Rodrigues Ramos
  • Bruna Helena Ferreira Ponce
  • Aline de Araújo Freitas
  • Emerith Mayra Hungria Pinto

DOI:

https://doi.org/10.37951/refacer.v10i1.5876

Palavras-chave:

Antibiograma, E. coli, Infecção urinária

Resumo

Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) é a segunda infecção mais comum na
população em geral e apresenta uma alta prevalência em mulheres. As enterobactérias são os
agentes mais envolvidos. Objetivo: Avaliar o perfil de suscetibilidade antimicrobiana in vitro
de enterobactérias isoladas de uroculturas. Métodos: Estudo descritivo transversal realizado
no período de agosto a dezembro de 2017 no Laboratório de Análises Clínicas da
UniEVANGÉLICA. Amostras de urina de jato médio de 333 pacientes do sexo feminino,
com pedidos de urocultura foram semeadas nos meios de cultura apropriados para isolamento.
A identificação dos bacilos Gram negativos foi realizada por meio do Sistema Bactray® e o
antibiograma foi realizado pelo método Kirby–Bauer. Resultados: Foram isoladas
enterobactérias em 13,2% (n=44) das amostras analisadas. Com relação a identificação, a
maioria dos isolados foram de E. coli (65,9%; 29/44), seguidos por Klebsiella sp. (9,1%;
4/44), Acinetobacter baumannii (9,1%; 4/44), Morganella morganii (9,1%; 4/44) e Hafnia
alvei (6,8%; 3/44). O maior percentual de resistência das enterobactérias isoladas foi
observado para ampicilina, seguido da celafosporina de primeira geração (cefalotina),
norfloxacina e ciprofloxacina. Das enterobactérias isoladas, 40% (12/30) apresentaram
resistência a dois ou mais fármacos de classes diferentes, sendo que oito isolados de E. coli
demonstraram multirresistência. Conclusões: A E. coli foi a enterobactéria mais
frequentemente isolada e com perfil de resistência a múltiplos fármacos.

Referências

1. ALMADA, D. V. et al. Perfil de resistência a antimicrobianos em pacientes atendidos em
um laboratório privado no município de Santa Inês-MA. Revista UNINGÁ Review, [S.L],
v. 30, n. 3, p. 10-14, abr./jun. 2017. Disponível em:
<http://revista.uninga.br/index.php/uningareviews/article/view/2036>. Acesso em: 20 abr.
2018.
2. ANVISA. Antimicrobianos - base teóricas e uso clínico. Brasília 2007. Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/
modulo1/cefalosporinas.htm>. Acesso em: 03 jun. 2018.
3. ANVISA. Procedimentos Laboratoriais - Requisição do exame a análise microbiológica.
Brasília, 2004. Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/microbiologia/mod_3_2004>.pdf.
Acesso em: 12 jun. 2018.
4. ALVES, M.S.A; EDELWEISS, M.K; BOTELHO, L.J. Infecções comunitárias do trato
urinário: prevalência e susceptibilidade aos antimicrobianos na cidade de Florianópolis.
Rev Bras Med Fam Comunidade, Rio de Janeiro, v. 11(38), p. 1-12, 2016. Disponível em:
https://www.rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/1187/788. Acesso em 11 de maio de 2021.
5. BITENCOURT, J. D. S; PAVANELLI, M. F. Urinary infection in patients of public
health care of Campo Mourão-PR, Brazil: bacterial prevalence and sensitivity profile. J
Bras Patol Med Lab, Rio de Janeiro, v. 50, n. 5, p. 346-351, 2014. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442014000500346>.
Acesso em: 17 abr. 2018.
6. BRUNTON, L. L; CHABNER, B.A; KNOLLANN B.C. Goodman & Gilman: As Bases
Farmacológicas da Terapêutica. 12ª ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2012.
7. CHEN, D. et al. The analysis of microbial spectrum and antibiotic resistance of
uropathogens isolated from patients with urinary stones. Int J Clin Pract, 2018;72:e13205.
Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/ijcp.13205. Acesso em
05 set 2018.
8. ENNIS, S. S. et al. Premenopausal women with recurrent urinary tract infections have
lower quality of life. Int J Urol, 2018 Jul;25(7):684-689. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29788547>. Acesso em: 28 mai. 2018.
9. FERREIRA, V. M. et al. Infecções comunitárias do trato urinário em Divinópolis, MG:
Avaliação do perfil de resistência bacteriana e do manejo clínico. Rev Bras Med Fam
Comunidade. Rio de Janeiro, 2017 Jan-Dez; 12(39):1-13. Disponível em:
<https://www.rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/1553>. Acesso em: 17 abr. 2018.
10. GIARRATANO, A. et al. Review of antimicrobial use and considerations in the elderly
population. Clinical Interventions in Aging, Nova Zelândia, 2018:13, p. 657–667.
Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29713150>. Acesso em: 26 mai.
2018.
11. JENSEN, J. N. et al. Comparison of antibiotic prescribing and antimicrobial resistance in
urinary tract infections at the municipal level among women in two Nordic regions. J
Antimicrob Chemother. 2018 Ago 1; 73 (8): 2207-2214. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29757408>. Acesso em: 28 mai. 2018.
12. KHOSHNOODA, S. et al. Drug-resistant gram-negative uropathogens: A review.
Biomedicine & Pharmacotherapy 94 (2017) 982–994. Disponível em:
<https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0753332217335783>. Acesso
em: 20 abr. 2018.
13. LO, D. S. et al. Infecção urinária comunitária: etiologia segundo idade e sexo. J Bras
Nefrol 2013;35(2):93-98. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-
28002013000200003>. Acesso em: 17 abr. 2018.
14. MORAES, D. et al. Prevalence of uropathogens and antimicrobial susceptibility profile in
outpatient from Jataí-GO. J Bras Patol Med Lab, v. 50, n. 3, p. 200-204, junho 2014.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext>. Acesso em: 17 jan.
2018.
15. OLIVEIRA, A. L. D. et al. Mecanismos de resistência bacteriana a antibióticos na
infecção urinária. Revista UNINGÁ Review Vol.20,n.3,pp.65-71 (Out - Dez 2014).
Disponível em: <https://www.mastereditora.com.br/periodico/20141130_221311.pdf>.
Acesso em: 28 mai. 2018.
16. PALMA P.C.R, Dambros M. Cistites nas mulher. Ver Bras Med. 2002;59:346-50.
17. RIZWAN, M. et al. Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae Sensitivity/Resistance
Pattern Towards Antimicrobial Agents in Primary and Simple Urinary Tract Infection
Patients Visiting University Hospital of Jamia Hamdard New Delhi. US National Library
of Medicine National Institutes of Health, New York, mar. 2018. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29529677>. Acesso em: 17 abr. 2018.
18. TUON, F. F.; ROCHA, J. L.; MERLINI, A. B. Combined therapy for multi-drug-resistant
Acinetobacter baumannii infection – is there evidence outside the laboratory?. Journal of
Medical Microbiology (2015), 64, 951–959. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26220079>. Acesso em: 03 jun. 2018.
19. VIEIRA, P. N.; VIEIRA, S. L. V. Uso irracional e resistência a antimicrobianos em
hospitais. Arq. Cienc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v.21, n. 3, p, 209-212, set./dez. 2017.
Disponível em: <http://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/6130>. Acesso em:
03 jun. 2018

Downloads

Publicado

2021-07-27