DESVIOS POSTURAIS EM MULHERES PRATICANTES DE TREINAMENTO RESISTIDO.

Autores

  • Paulo Sérgio Fernandes Centro Universitário de Anápolis
  • Patrícia Espindola Mota Venâncio Centro Universitário de Anápolis
  • William Alves Lima Centro Universitário de Anápolis
  • Wesley dos Santos Costa Centro Universitário de Anápolis
  • Meire de Sousa Moura Maia Centro Universitário de Anápolis
  • Thais Carvalho Barros Centro Universitário de Anápolis
  • Viviane Soares Centro Universitário-UniEvangélica

DOI:

https://doi.org/10.37951/.2019v1i2.p66-78

Palavras-chave:

Postura; Mulheres; Treinamento de Resistência

Resumo

Objetivo: avaliar a postura estática de mulheres praticantes de treinamento resistido (TR) e detectar a incidência de desvios posturais. Materiais e Métodos: estudo transversal e descritivo com amostra de 50 mulheres entre 20 e 40 anos praticantes de treinamento resistido. Os pontos anatômicos foram marcados para tirar as fotografias em vista anterior, posterior e lateral. As imagens e a análise foram realizadas no Software de Avaliação Postural (SAPO). Resultados: a média de idade foi 23,26±7,47 anos e os maiores desvios detectados foram na coluna vertebral, (48,3%) com desvio em “C” com convexidade à direita toracolombar (17,2%) com desvio à esquerda e a inclinação da coluna lombar para o lado direito em (13,8%) e para o lado esquerdo em (20,7%). Na vista lateral direita, metade das mulheres apresentaram anteriorização da cabeça. Com relação ao alinhamento do tronco e do corpo, do lado direito foi observado desvios em 56,0% e 64,0%. A anteroversão do quadril ocorreu com 90,0% das avaliadas no lado direito e 92% na vista lateral esquerda. Nos membros inferiores, os joelhos valgos estavam presentes em (42,0%) do lado direito e (30,0%) do lado esquerdo. O desvio da patela e a genuflexão foram encontradas na maioria das participantes. O fechamento do ângulo tíbiotársico caracterizou pés planos em (44%) no lado direito e (34%) no lado esquerdo. Conclusão: a coluna vertebral apresentou desvios que, provavelmente, foram adquiridos pela postura ou por desequilíbrios musculares e que podem ser enfatizados pela prática de TR sem correção. Os desvios encontrados no quadril e nos membros inferiores demostram alterações na biomecânica que são fatores de risco para lesões articulares e musculares.

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Publicado

2020-01-03

Edição

Seção

Artigos