Morfoanatomia e Prospecção Fitoquímica de Phlebodium decumanum (Willd.) J.Sm. (Polypodiaceae)

Autores

  • Hallana Caroliny Paes de Oliveira Universidade Federal de Goiás, UFG, Brasil.
  • Matheus Gabriel de Oliveira Universidade Federal de Goiás, UFG, Brasil.
  • José Realino de Paula Universidade Federal de Goiás, UFG, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.21664/2238-8869.2019v8i2.p348-371

Palavras-chave:

Pteridófitas, Controle de Qualidade, Doseamento, Anatomia Vegetal

Resumo

Phlebodium decumanum é usada popularmente na forma de infusão para o tratamento de doenças inflamatórias e cutâneas. A fim de estabelecer parâmetros de controle de qualidade da espécie coletada em Goiânia (GO), realizou-se a descrição morfológica das folhas e rizomas a partir da observação das estruturas gerais dos mesmos, a descrição anatômica, a prospecção fitoquímica e determinação do teor de flavonoides. No estudo anatômico observou-se presença de feixes vasculares anficrivais e o estelo do tipo polipódio e dictioestelo, para o pecíolo e rizoma, respectivamente. A folha é hipoestomática e seus estômatos são diacíticos, com paredes celulares da epiderme sinuosas na face abaxial e adaxial. As folhas apresentaram maior teor de flavonoides do que os rizomas, 1,3% e 0,1%, respectivamente. Os aspectos anatômicos observados são característicos de pteridófitas, na prospecção fitoquímica, a presença de flavonoides está de acordo com outros estudos fitoquímicos.

Biografia do Autor

Hallana Caroliny Paes de Oliveira, Universidade Federal de Goiás, UFG, Brasil.

Graduação em Farmácia pela Universidade Federal de Goiás, UFG, Brasil.

Matheus Gabriel de Oliveira, Universidade Federal de Goiás, UFG, Brasil.

Doutorado em andamento em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal de Goiás, UFG, Brasil.

José Realino de Paula, Universidade Federal de Goiás, UFG, Brasil.

Doutorado em Química pela Universidade Federal de São Carlos, UFSCAR, Brasil. Professor na Universidade Federal de Goiás, UFG, Brasil.

Referências

Angelo PM, Jorge N 2007. Compostos fenólicos em alimentos - Uma breve revisão. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 66(1):1-9.

Bohlin L 1993. Research on pharmacologically active natural products at the Department of Pharmacognosy, Uppsala University. J. Ethnopharmacol, 38:225-231.

Buriol L, Finger D, Schmidt EM, Santos JMT, Rosa MR, Quinánia SP, Torres YR, Santa HST, Pessoa C, Moraes MO, Lotufo LVC, Ferreira PMP, Sawaya ACHF, Eberlin MN 2009. Composição química e atividade biológica de extrato oleoso de própolis: uma alternativa ao extrato etanólico. Quim. Nova, 32(2):296-302.

Castro JD, Guisado R, Kajarabille N, García C, Guisado IM, Teresa C, Ochoa JJ 2012. Phlebodium decumanum is a natural supplement that ameliorates the oxidative stress and inflammatory signalling induced by strenuous exercise in adult humans. Eur. J. Appl. Physiol, 112:3119-3128.

Cavichiolo LE 2004. Caracterização morfológica follar de Rumohra adianfiformis (G. Forst.) Ching (Dryopteridaceae) de hábitos epifítico e terrícola. Monografia, disciplina Estágio II, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná, 33 pp.

Corzo MCV, Cordero MJA, Galván CT, Millán DS, León MTM, Rueda GC, Barrilao RG 2014. Beneficios de la ingesta del Phlebodium decumanum sobre el daño muscular al efectuar ejercicio físico intenso en sujetos sedentários. Nutr Hosp, 29(6):1408-1418.

Costa AF 2001. Farmacognosia. Calouste Gulbenkian, Lisboa, 400 p.

Farmacopeia Brasileira 2010. v. 1. 5ª edição. Anvisa, Brasília, 546 p.

Ferrari FB 2009. Anatomia foliar de espécies de Aspleniaceae e Polypodiaceae (Monilófitas) ocorrentes no parque estadual da serra do brigadeiro. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós- Graduação de Botânica, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 88 pp.

Gattuso SJ, Gattuso MA, Cortadi AA 2008. Caracteres Morfoanatómicos de especies de Phlebodium. B. Latinoam Caribe Pl, 7(1):10-17.

Gomes LD, Wallace JW 1986. Flavonoids of Phlebodium. Biochem. Syst. Ecol., 14(4):407-408.

Gonzalezjurado JA, Teresa C, Molina E, Pradas F, Guisado R, Naranjo J 2009. Efecto del Phlebodium decumanum sobre los cambios en niveles plasmáticos de testosterona y cortisol inducidos por el ejercicio en sujetos no entrenados. Rev. Med. Chil., 137:497-503.

Graçano D, Azevedo AA, Prado J 2001. Anatomia foliar das espécies de Pteridaceae do Parque Estadual do Rio Doce (PERD) - MG. Rev. Bras. Bot., 24(3):333-347.

Ikai K 1999. Psoriasis and the arachidonic acid cascade. J. Dermatol. Sci., 21:135-146.

Johansen DA 1940. Plant microtechnique. MacGraw-Hill, New York, 523 pp.

Jurado JAG, Barrilao RG, Sotomayor EM, Galván CT 2008. Efecto protector de Phlebodium decumanum sobre la fatiga muscular inducida por el ejercicio em sujetos no entrenados. Cultura, Ciência y Deporte, 3(8):101-106.

Jurado JAG, Pradas F, Molina ES, Teresa C 2011. Effect of Phlebodium decumanum on the immune response induced by training in sedentary university students. J. Sports Sci. Med., 10:315-321.

Kim J, Pezzuto JM, Soejarto DD, Lang FA, Kinghorn AD 1988. Polypodoside A, an intensely sweet constituent of the rhizomes of Polypodium glycyrrhiza. J. Nat. Prod., 51(6):1166-1172.

Kraus JE, Arduin M 1997. Manual Básico de Métodos em Morfologia Vegetal. EDUR, Seropédica.

Liu B, Diaz F, Bohlin L, Vasange M 1998. Quantitative determination of anti-inflammatory principles in some Polypodium species as a basis for standardization. Phytomedicine, 5(3):187-194.

Manna SK, Ramos BC, Alvarado F, Aggarwal BB 2003. Calagualine inhibits nuclear transcription factors- kB activated by various inflammatory and tumor promoting agentes. Cancer Lett., 190:171-182.

Marcucci MC, Woisky RG, Salatino A 1998. Uso de cloreto de alumínio na quantificação de flavonóides em amostras de própolis. Mensagem Doce 46.

Marques GS, Monteiro RPM, Leão WF, Lyra MAM, Peixoto MS, Neto PJR, Xavier HS, Soares LAL 2012. Avaliação de procedimentos para quantificação espectrofotométrica de flavonoides totais em folhas de Bauhinia forficata Link. Quim. Nova., 35(3):517-522.

Matos FJA 1994. Proposta de validação farmacognóstica de drogas vegetais, plantas medicinais e fitoterápicos. Infarma, 3(1/6):9-14.

Nilesh K, Kshirsagar MD, Vipin S 2011. GC-MS Analysis of ethanolic extract of Polypodium decumanum. Int. Res. J. Pharm., 2(9):155-156.

Ogura Y 1972. Comparative anatomy of vegetative organs of the pteridophytes. Gebruder Borntraeger, Berlin.

Oliveira F, Akisue G 1997. Fundamentos de farmacobotânica. Editora Atheneu, São Paulo.

Punzón C, Alcaide A, Fresno M 2003. In vitro anti-inflammatory activity of Phlebodium decumanum: modulation of tumor necrosis factor and soluble TNF receptors. Int. Immunopharmacol., 3:1293-1299.

Ribeiro MLRC, Santos MG, Moraes MG 2007. Leaf anatomy of two Anemia Sw. species (Schizaeaceae-Pteridophyte) from a rocky outcrop in Niteroi, Rio de Janeiro, Brazil. Revista Brasil. Bot., 30(4):695-702.

Rolim A, Maciel CP, Kaneko TM, Consiglieri VO, Salgado-Santos IM, Velasco MV 2005. Validation Assay for Total Flavonoids, as Rutin Equivalents, from Trichilia catigua Adr. Juss (Meliaceae) and Ptychopetalum olacoides Bentham (Olacaceae) Commercial Extract. J. AOAC Int., 88(4): 1015-1019.

Santi MM, Sanches FS, Silva JFM, Santos PML 2014. Determinação do perfil fitoquímico de extrato com atividade antioxidante da espécie medicinal Cordia verbenacea DC. por HPLC-DAD. Rev. Bras. Pl. Med., 16(2):256-261.

Silva FCL, Alves M, Simabukuro EA 2007. Anatomia Foliar de duas espécies Simpátricas de Cythea Smith (Cyatheaceae). Rev. Bras. Bioc., 5(1):213-215.

Simões CMO, Schenkel EP, Gosmann G, Mello JCP, Mentz LA, Petrovick PR (org.) 2010. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 6.ed. Editora da UFRGS / Editora da UFSC, Porto Alegre / Florianópolis, 1102 pp.

Tryon RM, Tryon AF 1982. Ferns and allied plants, with special reference to Tropical America. Springer Verlag, New York, 857p.

Tuominen MV, Ivarsson PP, Shen J, Bohlin L, Rolfsen W 1994. Polypodium decumanum, used in the treatment of psoriasis, and its fatty acid constituents as inhibitors of leukotriene B4 formation. Prostaglandins Leukot. Essent. Fatty Acids, 50:279-284.

Vannucci AL, Rezende MH 2003. Anatomia vegetal: noções básicas. Edição do Autor, Goiânia.

Verazaluce JJG, Corzo MCV, Cordero MJA, Peinado FO, Ramírez AS, Barrilao RG 2015. Efecto del Phlebodium decumanum y de la coenzima q10 sobre el rendimiento deportivo en jugadores profesionales de voleibol. Nutr Hosp., 31(1):401-414.

Villela GG 1976. Pigmentos animais: Zoocromos. Academia Brasileira de Ciências, 182 p.

Downloads

Publicado

2019-05-01

Como Citar

OLIVEIRA, Hallana Caroliny Paes de; OLIVEIRA, Matheus Gabriel de; PAULA, José Realino de. Morfoanatomia e Prospecção Fitoquímica de Phlebodium decumanum (Willd.) J.Sm. (Polypodiaceae). Fronteira: Journal of Social, Technological and Environmental Science, [S. l.], v. 8, n. 2, p. 348–371, 2019. DOI: 10.21664/2238-8869.2019v8i2.p348-371. Disponível em: https://periodicos.unievangelica.edu.br/index.php/fronteiras/article/view/2550. Acesso em: 23 abr. 2024.