Análise do Gerenciamento dos Resíduos Sólidos Urbanos nas Capitais da Região Centro-Oeste a Partir do Método Zero Waste Index

Autores

  • Mikaela Soares Silva Cardoso Universidade de Brasília, UnB, Brasil.
  • Elimar Pinheiro do Nascimento Universidade de Brasília, UnB, Brasil.
  • Izabel Cristina Bruno Bacellar Zaneti Universidade de Brasília, UnB, Brasil.
  • Francisco Javier Contreras Pineda Universidade de Brasília, UnB, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.21664/2238-8869.2019v8i2.p408-429

Palavras-chave:

Gestão, Gerenciamento de resíduos sólidos, Zero Waste Index

Resumo

O adequado gerenciamento dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) traz benefícios econômicos e socioambientais. O objetivo foi analisar o gerenciamento dos resíduos sólidos gerados de 2005 a 2015 em Brasília, Goiânia, Campo Grande e Cuiabá a partir do método Zero Waste Index (ZWI). O ZWI avalia a eficiência do gerenciamento dos RSUs conforme o tipo de manejo: a reciclagem traz impactos positivos, fazendo o índice ZWI aumentar. Já a disposição dos resíduos, sem tratamento, em aterros gera impactos negativos e faz o ZWI diminuir. O valor de ZWI varia de 0 a 1: 0 indica um gerenciamento totalmente ineficiente e 1 representa a máxima eficiência. O maior valor de ZWI encontrado foi em Goiânia no ano de 2013 (0,0912). Os valores de ZWI nas quatro capitais foram muito próximos a 0, indicando baixa eficiência do gerenciamento, uma vez que a maior parte dos resíduos sólidos foi disposto em aterros ou lixões.

Biografia do Autor

Mikaela Soares Silva Cardoso, Universidade de Brasília, UnB, Brasil.

Mestrado em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília, UnB, Brasil.

Elimar Pinheiro do Nascimento, Universidade de Brasília, UnB, Brasil.

Doutorado em Sociologia pela Université Paris Descartes, Paris V, França. Professor na Universidade de Brasília, UnB, Brasil.

Izabel Cristina Bruno Bacellar Zaneti, Universidade de Brasília, UnB, Brasil.

Doutorado em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília, UnB, Brasil. Professora na Universidade de Brasília, UnB, Brasil.

Francisco Javier Contreras Pineda, Universidade de Brasília, UnB, Brasil.

Doutorado em Urban Engineering pela University of Tokyo, UT, Japão. Professor na Universidade de Brasília, UnB, Brasil.

Referências

Braga MCB, Ramos SIP, Dias NC 2010. Gestão de Resíduos Sólidos para a Sustentabilidade. In C Poleto (org.). Introdução ao Gerenciamento Ambiental. Editora Interciência, Rio de Janeiro, p.269-336.

Brasil 1998. Lei nº 9605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Presidência da República, Casa Civil, Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm.

Brasil 2000a. Lei nº 9.974, de 6 de junho de 2000. Altera a Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. Presidência da República, Casa Civil, Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ Leis/L9974.htm.

Brasil 2000b. Lei nº 9.966, de 28 de abril de 2000. Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências. Presidência da República, Casa Civil, Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/Leis/L9966.htm.

Brasil 2007. Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico, cria o Comitê Interministerial de Saneamento Básico, altera a Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, a Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de 1978. Presidência da República, Casa Civil, Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm.

Brasil 2010a. Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. Presidência da República, Casa Civil, Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ _ato2007-2010/2010/decreto/d7404.htm.

Brasil 2010b. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Presidência da República, Casa Civil, Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm.

Campo Grande 2012. Decreto nº 11.797, de 9 de abril de 2012. Aprova o plano municipal de saneamento básico – Gestão integrada de resíduos sólidos do município de Campo Grande. Prefeitura de Campo Grande, Campo Grande. Disponível em: http://www.campogrande.ms.gov.br/planurb/downloads/decreto-n-11-797-plano-municipal-de-saneamento-basico-gestao-integrada-de-residuos-solidos/.

Distrito Federal 2003. Lei nº 3.232, de 3 de dezembro de 2003. Dispõe sobre a Política Distrital de Resíduos Sólidos e dá outras providências. SINJ-DF (Sistema Integrado de Normas Jurídicas do DF), Brasília. Disponível em: http://www.sinj.df.gov.br/SINJ/Norma/51180/Lei_3232_03_12_2003.html

Gallardo A, Carlos M, Peris M, Colomer FJ 2015. Methodology to design a municipal solid waste pre-collection system. A case study. Waste management, 36:1-11.

Goiás 2002. Lei nº 14.248, de 29 de julho de 2002. Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos e dá outras providências. Governo do Estado de Goiás - Gabinete Civil da Governadoria, Goiânia. Disponível em: http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/leis_ordinarias/2002/lei_14248.htm.

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 2015. Anuário Estatístico do Brasil, 2005 a 2015. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=720.

Iresha FM, Prasojo SA 2018. Evaluation of solid waste management at campus using the “Zero Waste Index”: The case on campus of Islamic University of Indonesia. MATEC Web of Conferences, 154:[5 páginas].

Mato Grosso 2002. Lei nº 7.862, de 19 de dezembro de 2002. Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos e dá outras providências. Governo do Estado de Mato Grosso, Cuiabá. Disponível em: http://www.cuiaba. mt.gov.br/upload/arquivo/lei%207.862_19%20DE_dezembro_%202002_sema.pdf.

Morais FT, Ferrari MVD, Venditozzi C, Campos JSASO 2018. O potencial da cadeia de resíduos de vidro de embalagem no Distrito Federal. In Fórum Internacional de Resíduos Sólidos, Anais... Porto Alegre. Disponível em: http://www.institutoventuri.org.br/ojs/index.php/firs/article/view/838.

Sankoh FP, Yan X, Conteh AMH 2012. A situational assessment of socioeconomic factors affecting solid waste generation and composition in Freetown, Sierra Leone. Journal of Environmental Protection, 3(7):563-568.

Sharholy M, Ahmad K, Vaishya RC, Gupta RD 2007. Municipal solid waste characteristics and management in Allahabad, India. Waste management, 27(4):490-496.

SLU 2014. Relatório do Diagnóstico de Resíduos Sólidos do Distrito Federal (2014). Disponível em: http://www.agenciabrasilia.df.gov.br/images/agencia_brasilia/2015/04-ABRIL/Relatorio_diagnostico_residuos_solidos_SLU_2014.pdf.

SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) 2015. Série histórica Resíduos Sólidos (2005 – 2015). Disponível em: http://www.snis.gov.br/.

Soltani A, Hewage K, Reza B, Sadig R 2015. Multiple stakeholders in multi-criteria decision-making in the context of Municipal Solid Waste Management: a review. Waste Management, 35:318-328.

Zaman AU 2014. Measuring waste management performance using the ‘Zero Waste Index’: the case of Adelaide, Australia. Journal of Cleaner Production, 66:407-419.

Zaman AU, Lehmann S 2013. The zero waste index: a performance measurement tool for waste management systems in a ‘zero waste city’. Journal of Cleaner Production, 50:123-132.

Zanta VM, Ferreira CFA 2003. Gerenciamento integrado de Resíduos Sólidos Urbanos. In AB Castilhos Junior (coord.). Resíduos sólidos urbanos: aterro sustentável para municípios de pequeno porte. ABES, RiMa, Rio de Janeiro, p. 1-18.

Downloads

Publicado

2019-05-01

Como Citar

CARDOSO, Mikaela Soares Silva; NASCIMENTO, Elimar Pinheiro do; ZANETI, Izabel Cristina Bruno Bacellar; PINEDA, Francisco Javier Contreras. Análise do Gerenciamento dos Resíduos Sólidos Urbanos nas Capitais da Região Centro-Oeste a Partir do Método Zero Waste Index. Fronteira: Journal of Social, Technological and Environmental Science, [S. l.], v. 8, n. 2, p. 408–429, 2019. DOI: 10.21664/2238-8869.2019v8i2.p408-429. Disponível em: https://periodicos.unievangelica.edu.br/index.php/fronteiras/article/view/2794. Acesso em: 23 abr. 2024.