Estrutura Fitossociológica de um Cerrado Sensu Stricto, em Gurupi, Tocantins

Autores

  • Rômullo Quirino de Souza Ferreira Universidade Federal do Tocantins, UFT, Brasil.
  • Leovigildo Aparecido Costa Santos Universidade Estadual de Goiás, UEG, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5768-8606
  • Paulo Ricardo Texeira Universidade Federal do Tocantins, UFT, Brasil.
  • Leandro Borges Universidade Federal de Rondônia, UNIR, Brasil.
  • Priscila Bezerra de Souza Universidade Federal do Tocantins, UFT, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.21664/2238-8869.2020v9i1.p316-329

Palavras-chave:

Fitossociologia, Florística, Diversidade

Resumo

O cerrado sensu stricto é uma fitofisionomia savânica com grande diversidade florística e que ocupa, aproximadamente, 70% do bioma Cerrado, porém, sofre uma rápida conversão para áreas de uso antrópico. Diante disso, objetivou-se analisar a estrutura fitossociológica de um cerrado sensu stricto em Gurupi, Tocantins. Em cinco parcelas de 20x50m foram amostrados os indivíduos com circunferência a altura do peito ≥ 10 cm. Foram encontrados 906 indivíduos, distribuídos em 102 espécies, 42 famílias e 78 gêneros. O índice de diversidade (H’) foi de 3,70 e a equabilidade (J’) de 0,80. A família com o maior índice de valor de importância (IVI) foi Myrtaceae. A espécieMyrcia fallax obteve o maior número de indivíduos e de IVI (23,1%). Na dominância relativa se destacaram Protium heptaphyllum (12,2%) e Tapirira guianensis (7,1%). As demais espécies encontradas apresentaram valores inferiores à (5,7%). Os índices obtidos neste estudo indicam a existência de uma alta diversidade florística.

Biografia do Autor

Rômullo Quirino de Souza Ferreira, Universidade Federal do Tocantins, UFT, Brasil.

Mestrado em Ciências Florestais e Ambientais pela Universidade Federal do Tocantins, UFT, Brasil.

Leovigildo Aparecido Costa Santos, Universidade Estadual de Goiás, UEG, Brasil.

Doutorado em andamento em Recursos Naturais do Cerrado (Renac) pela Universidade Estadual de Goiás, UEG, Brasil. Mestrado em Recursos Naturais do Cerrado (Renac) pela Universidade Estadual de Goiás, UEG, Brasil.

Paulo Ricardo Texeira, Universidade Federal do Tocantins, UFT, Brasil.

Mestrado em Ciências Florestais e Ambientais pela Universidade Federal do Tocantins, UFT, Brasil.

Leandro Borges, Universidade Federal de Rondônia, UNIR, Brasil.

Engenheiro Florestal na Fundação Universidade Federal de Rondônia, UNIR, Brasil.

Priscila Bezerra de Souza, Universidade Federal do Tocantins, UFT, Brasil.

Doutorado em Botânica pela Universidade Federal de Viçosa, UFV, Brasil. Docente na Universidade Federal do Tocantins, UFT, Brasil.

Referências

Ab’Saber, Aziz Nacib. 1983. “O Domínio Dos Cerrados: Introdução Ao Conhecimento.” Revista Do Serviço Público 40 (4): 41–55. https://revista.enap.gov.br/index.php/RSP/article/view/2144.
Alho, Cleber J. R. 2005. “Desafios Para a Conservação Do Cerrado, Em Face Das Atuais Tendências de Uso e Ocupação.” In Cerrado: Ecologia, Biodiversidade e Conservação, edited by Aldicir Scariot, José Carlos Sousa-Silva, and Jeanine M. Felfili, 367–81. Brasília: Ministério do Meio Ambiente.
Andrade, Luciana A. Z., Jeanine Maria Felfili, and Luciano Violatti. 2002. “Fitossociologia de Uma Área de Cerrado Denso Na RECOR-IBGE, Brasília-DF.” Acta Botanica Brasilica 16 (2): 225–40. https://doi.org/10.1590/S0102-33062002000200009.
Assunção, Sérgio Lelis, and Jeanine Maria Felfili. 2004. “Fitossociologia de Um Fragmento de Cerrado Sensu Stricto Na APA Do Paranoá, DF, Brasil.” Acta Botanica Brasilica 18 (4): 903–9. https://doi.org/10.1590/S0102-33062004000400021.
Brower, James E., and Jerrold H. Zar. 1984. Field and Laboratory Methods for General Ecology. Dubuque: W.C. Brown Publishers.
Cavassan, Osmar. 1982. “Levantamento Fitossociológico Da Vegetação Arbórea Da Mata Da Reserva Estadual de Bauru Utilizando o Método de Quadrantes.” Rio Claro: Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho.
Chase, M. W., M. J. M. Christenhusz, M. F. Fay, J. W. Byng, W. S. Judd, D. E. Soltis, D. J. Mabberley, A. N. Sennikov, P. S. Soltis, and P. F. Stevens. 2016. “An Update of the Angiosperm Phylogeny Group Classification for the Orders and Families of Flowering Plants: APG IV.” Botanical Journal of the Linnean Society 181 (1): 1–20. https://doi.org/10.1111/boj.12385.
Corrêa, Rodrigo Studart, and Benício de Melo Filho. 1998. Ecologia e Recuperação de Áreas Degradadas No Cerrado. Brasília: Paralelo 15.
Costa Santos, Leovigildo Aparecido, Antonio Carlos Batista, Cinthia Ohana Marques Neves, Edmar Vinicius De Carvalho, Micael Moreira Santos, and Marcos Giongo. 2017. “Análise Multitemporal Do Uso e Cobertura Da Terra Em Nove Municípios Do Sul Do Tocantins, Utilizando Imagens Landsat.” REVISTA AGRO@MBIENTE ON-LINE 11 (2): 111. https://doi.org/10.18227/1982-8470ragro.v11i2.3915.
DeVuono, Yara Struffaldi. 1985. “Fitossociologia Do Estrato Arbóreo Da Floresta Da Reserva Biológica Do Instituto de Botânica (São Paulo, SP).” São Paulo: Universidade de São Paulo.
Eiten, George. 1972. “The Cerrado Vegetation of Brazil.” The Botanical Review 38 (2): 201–341. https://doi.org/10.1007/BF02859158.
Embrapa. 2013. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS). Brasília: Embrapa.
Felfili, Jeanine Maria, Paulo Ernane Nogueira, Manoel Cláudio da Silva Júnior, Beatriz Schwantes Marimon, and Welington Braz Carvalho Delitti. 2002. “Composição Florística e Fitossociologia Do Cerrado Sentido Restrito No Município de Água Boa - MT.” Acta Botanica Brasilica 16 (1): 103–12. https://doi.org/10.1590/S0102-33062002000100012.
Felfili, Jeanine Maria, and Manoel Cláudio da Silva Júnior. 1992. “Floristic Composition, Phytosociology and Comparison of Cerrado and Gallery Forests at Fazenda Água Limpa, Federal District, Brazil.” In Nature and Dynamics of Florest Savanna Boundaries, 393–415. London: Chapman & Hall.
———. 2001. Biogeografia Do Bioma Cerrado: Estudo Fitofisionômico Da Chapada Do Espigão Mestre Do São Francisco. Brasília: UnB.
Felfili, Jeanine Maria, Manoel Cláudio da Silva Júnior, Alba Valéria Rezende, José Wagner B. Machado, Bruno Machado Teles Walter, Paulo Ernane N. da Silva, and John Duvall Hay. 1992. “Análise Comparativa Da Florística e Fitossociologia Da Vegetação Arbórea Do Cerrado Sensu Stricto Na Chapada Pratinha, DF - Brasil.” Acta Botanica Brasilica 6 (2): 27–46. https://doi.org/10.1590/S0102-33061992000200003.
Felfili, Jeanine Maria, Manoel Cláudio da Silva Júnior, Alba Valéria Rezende, Paulo Ernane Nogueira, Bruno Machado Teles Walter, Maria Cristina Felfili, Maria Aparecida da Silva, and José Marcelo Imaña Encinas. 1997. “Comparação Do Cerrado (Sensu Stricto) Nas Chapadas Pratinha e Dos Veadeiros.” In Contribuição Ao Conhecimento Ecológico Do Cerrado, edited by L. L. Leite and C. H. Saito, 6–11. Brasília: UnB.
Fina, Bruna Gardenal, and Reinaldo Monteiro. 2013. “Análise Da Estrutura Arbustivo-Arbórea de Uma Área de Cerrado Sensu Stricto, Município de Aquidauana-Mato Grosso Do Sul.” Revista Árvore 37 (4): 577–85. https://doi.org/10.1590/S0100-67622013000400001.
Henriques, Raimundo Paulo Barros. 2005. “Influência Da História, Solo e Fogo Na Distribuição e Dinâmica Das Fitofisionomias No Bioma Do Cerrado.” In Cerrado: Ecologia, Biodiversidade e Conservação, edited by Aldicir Scariot, José Carlos Sousa-Silva, and Jeanine M. Felfili, 73–92. Brasília: Ministério do Meio Ambiente.
Imaña-Encinas, José, Lucélia Alves de Macedo, and José Elias de Paula. 2007. “Florística e Fitossociologia de Um Trecho Da Floresta Estacional Semidecidual Na Área Do Ecomuseu Do Cerrado, Em Pirenópolis - Goiás.” CERNE 13 (3): 308–20.
Ivanauskas, Natália Macedo, Ricardo Ribeiro Rodrigues, and André Gustavo Nave. 1999. “Fitossociologia de Um Trecho de Floresta Estacional Semidecidual Em Itatinga, São Paulo, Brasil.” Scientia Forestalis 56: 83–99.
Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 2015. “Flora Do Brasil 2015 - Lista de Espécies Da Flora Brasileira.” 2015. http://floradobrasil.jbrj.gov.br/.
Lopes, W. P. 1998. “Florística e Fitossociologia Da Vegetação Arbórea Na Região Do Vinhático - Parque Estadual Do Rio Doce, Minas Gerais.” Viçosa: Universidade Federal de Viçosa.
Machado, Ricardo B., Mário B. Ramos Neto, Paulo Gustavo P. Pereira, Eduardo F. Caldas, Demerval A. Gonçalves, Nazareno S. Santos, Karyn Tabor, and Marc Steininger. 2004. “Estimativas de Perda Da Área Do Cerrado Brasileiro.” Brasília.
Magurran, Anne E. 1988. Ecological Diversity and Its Measurement. Dordrecht: Springer Netherlands. https://doi.org/10.1007/978-94-015-7358-0.
Marimon Junior, Ben Hur, and Mundayatan Haridasan. 2005. “Comparação Da Vegetação Arbórea e Características Edáficas de Um Cerradão e Um Cerrado Sensu Stricto Em Áreas Adjacentes Sobre Solo Distrófico No Leste de Mato Grosso, Brasil.” Acta Botanica Brasilica 19 (4): 913–26. https://doi.org/10.1590/S0102-33062005000400026.
Martins, Fernando Roberto. 1979. “O Método Dos Quadrantes e a Fitossociologia de Uma Floresta Residual Do Interior Do Estado de São Paulo: Parque Estadual de Vassununga.” São Paulo: Universidade de São Paulo.
———. 1991. Estrutura de Uma Floresta Mesófila. Campinas, SP: Editora da Universidade Estadual de Campinas.
Mittermeier, Russell A., Gustavo A. B. da Fonseca, Anthony B. Rylands, and Katrina Brandon. 2005. “A Brief History of Biodiversity Conservation in Brazil.” Conservation Biology 19 (3): 601–7.
Mueller-Dombois, Dieter, and Heinz Ellenberg. 1974. Aims and Methods in Vegetation Ecology. New York: John Wiley & Sons, Ltd.
Pedreira, Fernanda Regina Batista, Laís Ramos Alves, Solange de Fátima Lolis, and Rodney Haulien Oliveira Viana. 2011. “Composição Florística e Fitossociologia de Espécies Arbóreas Em Uma Área de Cerrado Stricto Sensu No Município de Porto Nacional, TO.” Global Science and Technology 4 (1): 08–15.
Pielou, E. C. 1975. Ecological Diversity. New York: Wiley-Interscience.
Pinto, José Roberto Rodrigues, and Ary Teixeira de Oliveira Filho. 1999. “Perfil Florístico e Estrutura Da Comunidade Arbórea de Uma Floresta de Vale No Parque Nacional Da Chapada Dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil.” Revista Brasileira de Botânica 22 (1): 53–67. https://doi.org/10.1590/S0100-84041999000100008.
Ratter, J. A., and T. C. D. Dargie. 1992. “An Analysis of the Floristic Composition of 26 Cerrado Ares in Brazil.” Edinburgh Journal of Botany 49 (2): 235–50. https://doi.org/10.1017/S0960428600001608.
Ratter, J. A., J. F. Ribeiro, and S. Bridgewater. 1997. “The Brazilian Cerrado Vegetation and Threats to Its Biodiversity.” Annals of Botany 80 (3): 223–30. https://doi.org/10.1006/anbo.1997.0469.
Ribeiro, José Felipe, and Bruno Machado Teles Walter. 2008. “As Principais Fitofisionomias Do Bioma Cerrado.” In Cerrado: Ecologia e Flora, edited by Sueli Matiko Sano, Semiramis Pedrosa de Almeida, and José Felipe Ribeiro, 152–212. Brasília: Embrapa.
Sano, Edson E., Roberto Rosa, Jorge L. S. Brito, and Laerte G. Ferreira. 2010. “Land Cover Mapping of the Tropical Savanna Region in Brazil.” Environmental Monitoring and Assessment 166 (1–4): 113–24. https://doi.org/10.1007/s10661-009-0988-4.
Saporetti Jr, Amilcar Walter, João Augusto Alves Meira Neto, and Roosevelt de Paula Almado. 2003. “Fitossociologia de Cerrado Sensu Stricto No Município de Abaeté-MG.” Revista Árvore 27 (3): 413–19. https://doi.org/10.1590/S0100-67622003000300020.
Sawyer, Donald, Beto Mesquita, Bruno Conservação, Fábio Vaz de Almeida, Isabel Figueiredo, Ivana Lamas, Ludivine Eloy Pereira, Luiz Paulo Pinto, Mauro Oliveira Pires, and Thaís Kasecker. 2016. Perfil Do Ecossistema Hotspot de Biodiversidade Cerrado. Brasília: ISPN.
Scolforo, José Roberto, Antonio Donizette de Oliveira, Antonio Carlos Ferraz Filho, and José Márcio de Mello. 2008. “Diversidade, Equabilidade e Similaridade No Domínio Da Caatinga.” In Inventário Florestal de Minas Gerais: Floresta Estacional Decidual - Florística, Estrutura, Similaridade, Distribuição Diamétrica e de Altura, Volumetria, Tendências de Crescimento e Manejo Florestal, edited by José Márcio de Mello, José Roberto Scolforo, and Luis Marcelo T. de Carvalho, 118–33. Lavras: Editora UFLA.
Shepherd, G. J. 2010. FITOPAC 2: Manual Do Usuário. Campinas, SP: Departamento de Botânica, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP.
Sousa, Paulo Augusto Barros de, Rodrigo Sabino Teixeira Borges, and Ricardo Ribeiro Dias. 2012. Atlas Do Tocantins: Subsídios Ao Planejamento Da Gestão Territorial. Palmas: SEPLAN.
Strassburg, Bernardo B. N., Thomas Brooks, Rafael Feltran-Barbieri, Alvaro Iribarrem, Renato Crouzeilles, Rafael Loyola, Agnieszka E. Latawiec, et al. 2017. “Moment of Truth for the Cerrado Hotspot.” Nature Ecology & Evolution 1 (4): 0099. https://doi.org/10.1038/s41559-017-0099.
Strassburg, Bernardo B.N., Agnieszka E. Latawiec, Luis G. Barioni, Carlos A. Nobre, Vanderley P. da Silva, Judson F. Valentim, Murilo Vianna, and Eduardo D. Assad. 2014. “When Enough Should Be Enough: Improving the Use of Current Agricultural Lands Could Meet Production Demands and Spare Natural Habitats in Brazil.” Global Environmental Change 28 (September): 84–97. https://doi.org/10.1016/j.gloenvcha.2014.06.001.
Tabanez, André A. J., Virgílio M. Viana, and André da S. Dias. 1997. “Consequências Da Fragmentação e Do Efeito de Borda Sobre a Estrutura, Diversidade e Sustentabilidade de Um Fragmento de Floresta de Planalto de Piracicaba, SP.” Revista Brasileira de Biologia 57 (1): 47–60.
Zappi, Daniela C., Fabiana L. Ranzato Filardi, Paula Leitman, Vinícius C. Souza, Bruno M.T. Walter, José R. Pirani, Marli P. Morim, et al. 2015. “Growing Knowledge: An Overview of Seed Plant Diversity in Brazil.” Rodriguésia 66 (4): 1085–1113. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

Downloads

Publicado

2020-03-04

Como Citar

FERREIRA, Rômullo Quirino de Souza; SANTOS, Leovigildo Aparecido Costa; TEXEIRA, Paulo Ricardo; BORGES, Leandro; SOUZA, Priscila Bezerra de. Estrutura Fitossociológica de um Cerrado Sensu Stricto, em Gurupi, Tocantins. Fronteira: Journal of Social, Technological and Environmental Science, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 316–329, 2020. DOI: 10.21664/2238-8869.2020v9i1.p316-329. Disponível em: https://periodicos.unievangelica.edu.br/index.php/fronteiras/article/view/2734. Acesso em: 20 abr. 2024.