Panorama dos perfis epidemiológicos da sífilis congênita e gestacional em cidades brasileiras pré-selecionadas

Autores

  • Ana Lara Ananias de Melo
  • Ana Luiza Silveira Alencar
  • Ana Paula Terenço da Silva
  • Carolina Arantes Camargo
  • Gabriel Ramos Jubé
  • Erasmo Eustáquio Cozac

Palavras-chave:

Sífilis congênita; sífilis gestacional; sífilis; pré-natal; gestante; morte fetal; Brasil.

Resumo

O panorama da sífilis congênita no Brasil mostra-se cada vez mais incidente na sociedade com características especificas, refletindo o perfil epidemiológico atual dessa enfermidade. A presente análise trata-se de uma mini revisão integrativa da literatura que tem como objetivo apresentar o retrato epidemiológico acerca da sífilis nas formas congênita e gestacional no recorte geográfico brasileiro. Foram utilizados 8 artigos, os quais 5 apresentaram todos os descritores e foram de encontro com o objetivo de forma integral, relacionados a temática da pesquisa a partir das bases de dados DecsMesh, Scielo e PubMed. Foram excluídos artigos publicados há mais de 5 anos, e que também não respondiam à pergunta norteadora. A pesquisa mostrou que existe a predominância da sífilis, em seus tipos supracitados, em mulheres jovens, de baixa renda e escolaridade incompleta, com diagnóstico principalmente no estágio primário e apresentou falha no que diz respeito ao tratamento precoce. De maneira geral, a pesquisa mostrou que a sífilis é mais preponderante em mulheres entre os 19 e 29 anos de idade, de etnia predominantemente parda e preta, de baixa renda e também de baixa escolaridade, característica a qual demonstra como a falta de informação impacta na contaminação por doenças venéreas. Ademais, essa pesquisa denotou como a falta de adesão ao tratamento correto durante o período adequado, por parte da gestante e o parceiro, e o descaso por parte dos profissionais de saúde em investigar e mitigar essa doença influencia no cenário da sífilis e sua recorrência na comunidade gravídica da hodiernidade brasileira. Entretanto, é ressaltado que houve um aumento no número de testagem positiva de grávidas para a bactéria da sífilis nas Unidades Básicas de Saúde. Os artigos analisados apresentaram em comum a não adesão do parceiro ao tratamento ou realização de forma incompleta. Foi evidenciado como fator limitante a carência de informações acerca do tratamento e das complicações pós-fetais.

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Publicado

2022-11-22

Edição

Seção

RESUMOS - Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente