Perfil epidemiológico das infecções por HIV e sífilis no município de Anápolis - Goiás entre os anos 2015 e 2019

Autores

  • Talita Guilarde Torres UniEVANGÉLICA
  • Ana Caroline Ferreira Dutra
  • Gabriela Cavalcante Cavalcante de Lima
  • Lorena de Oliveira Silva
  • Marcos Vinicius de Paula Sousa
  • Luciana Vieira Queiroz Labre
  • Carina Saori Takahashi Miranda
  • Rodrigo Scaliante de Moura

DOI:

https://doi.org/10.37951/2358-9868.2020v8i2.p99-109

Palavras-chave:

Sífilis. HIV. Pesquisas em Sistemas de Saúde Pública.

Resumo

Objetivo: Tabular e analisar o perfil epidemiológico dos indivíduos infectados por sífilis e por HIV no município de Anápolis - Goiás, no período entre 2015 e 2019. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico, descritivo, transversal, analítico, retrospectivo, quantitativo, cujos dados correspondem ao período entre os anos de 2015 e 2019. A coleta foi realizada por meio do Departamento de Informática do SUS e do Painel de Indicadores Epidemiológicos do Ministério da Saúde e as informações colhidas foram estatisticamente analisadas a partir do Microsoft Excel (Office 2007). Resultados: as taxas de incidência de HIV, tanto em Anápolis quanto em Goiás, permanecem acima da média nacional (17,8/100.000 habitantes) em todos os anos estudados, mas a taxa de crescimento tem tido decréscimo, desde 2015. Há maior prevalência de casos de HIV no sexo masculino. Em Anápolis, no ano de 2019, 86,90% das pessoas HIV positivo tinham acesso à Terapia Anti-Retroviral e, destas, 92% tinham carga viral indetectável. A média de gastos com internações foi de R$ 575,56 com os pacientes HIV positivos. Em relação a sífilis, também ocorreu um aumento considerável das taxas no estado de Goiás e no município de Anápolis. Em Anápolis, houve maior incidência em homens. Foram gastos uma média de R$ 1.657,79 com internações de pacientes sifilíticos. Conclusão: observa-se um crescimento no número de infecções por HIV e, principalmente, de sífilis, com predominância no sexo masculino. Além disso,  nota-se uma subnotificação nos sistemas de saúde. 

 

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Publicado

2020-12-18

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS