Análise situacional da cobertura da atenção primária da rede cegonha no município de Anápolis em 2018

Autores

  • Ana Marina Silva Lima
  • Maria Angélica Eloi Franco
  • Martinely Ribeiro de Souza
  • Lucas Dias Ribeiro
  • Lucas Silva Ribeiro
  • Paulo Evaristo Seabra Guimarães
  • Karinne Ribeiro Dias Unievangélica
  • Leonardo Driessen Rodrigues Carvalho

DOI:

https://doi.org/10.29237/2358-9868.2020v8i1.p81-88

Palavras-chave:

Serviços de Saúde Materno-Infantil., Sistema Único de Saúde, Atenção Primária à Saúde, Cuidado Pré Natal

Resumo

Objetivo: Este estudo visa abordar a Rede Cegonha em seus aspectos que envolvem a Atenção Primária em Saúde, com foco nos serviços de pré-natal de baixo risco, acolhimento da gestante e do bebê, humanização do parto do nascimento e vinculação da gestante à maternidade, no município de Anápolis, durante o ano de 2018. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo descritivo com base na análise observacional através de dados fornecidos pelo sistema de dados registrados no Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS), a partir do programa Tab para Windows – Tabwin, pelo Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), no sistema de Informação e Gestão da Atenção Básica (e-Gestor AB) e por dados fornecidos diretamente na Secretaria Municipal de Anápolis. Resultados: Ao se analisar a cobertura da Rede Cegonha na cidade de Anápolis, levantou-se 35 estabelecimentos que realizam tal tipo de serviço e, dentre eles, 30 correspondem exclusivamente aos serviços prestados pela Atenção Primária, com uma cobertura de 56,10% da população para os serviços prestados pela ESF. Dentre 45.165 mulheres em idade fértil atendidas pela atenção primária, contabilizou-se 5.023 atendimentos de Pré-Natal, sendo destes 3.233 atendimentos por profissionais médicos. Quanto à situação de saúde, constatou-se problemas de subnotificação, ausência de equipamentos de pré-natal adequados, falta de capacitação e educação permanente da equipe multidisciplinar e precária captação de gestantes.  Conclusões: Mesmo sendo o Acolhimento e Acesso Pré-Natal difundido nacionalmente, constata-se uma precariedade e falha na efetividade de assistência às gestantes nessa base fundamental da Rede Cegonha, necessitando de intervenções estratégicas de imediato para a resolução efetiva do quadro situacional atual. 

Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Ações e Programas. Rede Cegonha. 2017. Disponível em: <http://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/rede-cegonha/sobre-o-programa>. Acesso em 06 de junho de 2019.

2. BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria N° 1.459, de 24 de Junho de 2011. Portaria Nº 1.459. Brasília, DF, 2011.

3. BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica, n. 32. Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco. 2012. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf>. Acesso em 06 de junho de 2019.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS). Informação e Gestão da Atenção Básica. 2017. <https://egestorab.saude.gov.br>. Acesso em 06 de junho de 2019.

5. Moura BLA, Cunha RC, Fonseca ACF, Aquino R, Medina MG, Vilasbôas ALQ, et al. Atenção primária à saúde: estrutura das unidades como componente da atenção à saúde. Rev Bras Saúde Matern Infant 2010; 10 Suppl 1: S69-81.

6. Silveira DS, Santos IS, Costa JSD. Atenção pré-natal na rede básica: uma avaliação da estrutura e do processo. Cad Saúde Pública 2001; 17:131-9.

7. Giovanella L, Bousquat A, Fausto MCR, Fusaro ER, Mendonça MHM, Gagno J. Tipologia das unidades básicas de saúde brasileiras. Brasília: Região e Redes; 2015. (Nota Técnica, 5/2015).

8. Tomasi E, Fernandes PAA, Fisher T, Siqueira FCV, Silveira DS, Thumé E, et al. Qualidade da atenção pré-natal na rede básica de saúde do Brasil: indicadores e desigualdades sociais. Cad Saúde Pública 2017; 33: e00195815.

9. BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de atenção à saúde. Manual prático para implementação da Rede Cegonha. 2011.

10. Resolução, R. D. C. nº 36 de 3 de junho de 2008 (BR). Diário Oficial da República Federativa do Brasil [periódico na internet], Brasília, 2008; 4: 50-53. Acesso em 06 de junho de 2019

11. Viellas EF, Domingues RMSM, Dias MAB, Gama SGN, Theme Filha MM, Costa JV, et al. Assistência pré-natal no Brasil. Cad Saúde Pública 2014; 30 Suppl 1:S85-100.

12. Victora CG, Aquino EML, do Carmo Leal M, Monteiro CA, Barros FC, Szwarcwald CL. Maternal and child health in Brazil: progress and challenges. Lancet 2011; 377:1863-76

13. Mendoza-Sassi RA, Cesar JA, Teixeira TP, Ravache C, Araújo GD, Silva TC. Diferenças no processo de atenção ao pré-natal entre unidades da Estratégia Saúde da Família e unidades tradicionais em um município da Região Sul do Brasil. Cad Saúde Pública 2011; 27:787-96.

14. Dias-da-Costa G, Cotta RMM, Reis JR, Siqueira-Batista R, Gomes AP, Franceschini SCC. Avaliação do cuidado à saúde da gestante no contexto do Programa Saúde da Família. Ciênc Saúde Coletiva 2009; 14:1347-57

Downloads

Publicado

2020-07-13