Casos de HIV em pessoas da terceira idade no Brasil

Autores

  • Débora Teodoro Carrijo
  • Camila França Arruda
  • Daniele Belizário Bispo
  • Guthieres Mendonça Schmitt
  • Luísa Catilho Amâncio
  • Mithielle Rodrigues de Oliveira Peixoto

Palavras-chave:

HIV. IST. Terceira idade.

Resumo

Introdução: Nos últimos anos, o Brasil elevou sua incidência de doenças sexualmente transmissíveis na terceira idade, a exemplo a Imunodeficiência Humana (HIV). Fatores como o aumento da expectativa de vida somado ao crescimento da indústria farmacêutica contribuiu com essa realidade. Em virtude das práticas sexuais dos idosos ainda serem muito negligenciadas, não há um foco repercussivo da saúde para instruí-los quanto às IST’s, gerando uma situação preocupante de invisibilidade a idosos aidéticos. Objetivo: Discutir o aumento dos casos de HIV no Brasil na terceira idade e correlacionar com fatores contribuintes com esse quadro. Material e método: Trata-se de um estudo epidemiológico sobre os casos de HIV no Brasil, no período de 2010 a 2016, executado com o auxílio do DATASUS. Todos os dados foram comparados com artigos que abordam a mesma temática. Para a seleção dos artigos, utilizou-se os seguintes critérios: trabalhos escritos em língua portuguesa, publicados entre 2014 a 2018 nas plataformas Scielo e PubMed através de descritores em ciências da saúde padronizados pela BIREME: HIV, AIDS, terceira idade, morbidade e epidemiologia. Resultados: O envelhecimento populacional brasileiro acelerado promove drásticas alterações na saúde pública. O cenário da sexualidade dos idosos modificou-se e produtos farmacológicos têm colaborado com medicamentos e hormônios que tornam essa sexualidade efetiva. No entanto, essa mudança nem sempre ocorre de maneira saudável em função do TABU social que promove um diálogo insuficiente acerca do tema. Logo, pessoas acima de 60 anos com diagnóstico de HIV tem crescido de modo alarmante, detectando 1618 casos em 2010 para um aumento de 36%no ano de 2016. Além disso, no ano de 2016, houve1389 óbitos por AIDS na terceira idade comparada a 875 em 2010, corroborando a negligência com a realidade sexual e patológica dos idosos na situação em que se encontram. Conclusão: Diante da nova perspectiva brasileira de envelhecimento, o idoso dos tempos vigentes traz uma nova bagagem para a saúde pública nacional, que exige uma preparação tanto dos profissionais da área quanto da sociedade em geral. A sexualidade na terceira idade deve ser instruída e orientada, enfatizando a necessidade do profissional de saúde em abordar esse tipo de discussão com seu paciente, para contribuir com uma geração que possui conhecimentos básicos para uma vida sexual ativa saudável, reduzindo assim o número de idosos contaminados por HIV e outras IST’s.

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Publicado

2020-02-09

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG