Perfil epidemiológico da sífilis na população gestante de Goianésia-GO no período de 2014 a 2019

Autores

  • Danielly Thaine Teodoro
  • Amanda Batista Coelho
  • Amanda Ribeiro Dias
  • Elizeu Lima Neto
  • Gabriela Vieira Ramalho
  • Danyelly Rodrigues Machado Azevedo

Palavras-chave:

Sífilis. Sífilis congênita. Gestantes. Prevalência. Primeiro trimestre da gravidez.

Resumo

Introdução: Sífilis, enfermidade sistêmica, é uma infecção sexualmente transmissível que pode apresentar outras formas de transmissão, tais como: vertical e transmissão sanguínea. Sua forma congênita pode levar ao abortamento, nascimentos prematuros ou nascimentos seguidos de morte. Deste modo, considerando o impacto dessa doença para o concepto e para a matriz, o presente trabalho tem por fim contribuir para intervenções futuras. Objetivo: Analisar a prevalência de sífilis na população-alvo do estudo, contemplando a forma congênita e as seguintes variáveis: idade, raça, moradia, diagnóstico, estágio da doença e tratamento dos parceiros. Material e método: Trata-se de um estudo descritivo, com base de dados no DATASUS (Departamento de Informática do SUS), obtidos na vigilância epidemiológica do Município de Goianésia em maio de 2019, referentes ao período de 2014 a 2018. Foi realizado, ademais, um estudo de caráter sistemático quantitativo na seguinte base de dados: Conecta SUS. Foram incluídos dados referentes ao “Mapa da saúde” durante o ano de 2019. Foram excluídos os demais indicadores de saúde e os anos anteriores àquele elegido pela pesquisa. Resultados: A partir da análise da plataforma de pesquisa DATASUS, foram encontrados um total de 70 casos de sífilis em gestantes e 1 caso de sífilis congênita notificados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Segundo os dados obtidos na vigilância epidemiológica, excluindo aqueles ignorados ou “em branco”, quanto à faixa etária, 52 gestantes apresentaram-se no intervalo de vinte a trinta e quatro anos. Com relação à raça, encontrou-se, entre a população de gestantes, um total de 10 brancas, 8 pretas e 42 pardas. No concerne à moradia dessa população, 67 gestantes residiam na zona urbana, duas na zona rural e uma na periurbana. A respeito dos trimestres de gestação nos quais a doença foi detectada, houveram 32 casos diagnosticados no primeiro trimestre, 25 casos no segundo trimestre e 12 casos no terceiro trimestre. Sobre a classificação dos estágios da doença encontrados nas gestantes nesse período, foram 28 casos relatados de sífilis primária, 3 casos de sífilis secundária, 1 caso de sífilis terciária e 30 casos de sífilis latente. Já em relação ao tratamento dos parceiros das gestantes, 41 casos foram tratados e vinte e três não tratados. Por fim, segundo dados obtidos na plataforma do Conecta SUS, 2 casos de sífilis congênita em menores de um ano de idade foram registrados no ano de 2019.Conclusão: O vigente estudo revela que a sífilis contempla gestantes jovens (entre vinte e trinta e quatro anos), pardas e residentes na zona urbana, na maioria dos casos. Além de demonstrar que a sífilis primária é a mais prevalente. O ponto positivo da análise é que foi demonstrada a detecção majoritária da doença no primeiro trimestre da gravidez. Outro ponto é: a maior parte dos parceiros dessas gestantes foi tratada. No entanto, deve-se considerar que o banco de dados apresenta uma amostra pequena. Vale ressaltar que o registro de casos de sífilis congênita se encontra aquém do previsto na realidade, considerando o montante populacional. Assim, é validada a hipótese de subnotificação dos casos.

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Publicado

2020-02-13

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG