Perfil epidemiológico da vacinação contra poliomielite na população pediátrica em 2018 oferecida pelo SUS

Autores

  • Diélitha Aparecida de Paula
  • Debora Rocha Moraes
  • Ivaldo Inácio Silva Júnior
  • Pollyana Carvalho Freire
  • Karine Alves de Oliveira
  • Karynne Milhomem Sousa Holme Machado

Palavras-chave:

Vacina. Poliomielite. Imunização.

Resumo

Introdução: O Ministério da Saúde (MS) emite um alerta para a baixa vacinação contra a poliomielite em 2018, visto que foram registrados 29 casos em países endêmicos e o surgimento de um caso na Venezuela. A poliomielite é uma doença infectocontagiosa causada pelo poliovírus pertencente ao gênero enterovírus. A doença afeta unicamente humanos, tendo maior incidência em crianças. A transmissão pode ser fecal-oral ou, raramente, oraloral. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico da vacinação contra poliomielite oferecida pelo SUS à população pediátrica. Material e método: Foi realizado um estudo descritivo, na base de dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) em março 2019, referente ao ano de 2018, para identificar e comparar a quantidade de vacinação, período e doses aplicadas em crianças de 2 meses a 4 anos em diferentes regiões do Brasil. Inicialmente foram selecionados dados referentes às doses aplicadas por região brasileira dos imunobiológicos Vacina Inativada Poliomielite (VIP) e Vacina Oral Poliomielite (VOP). Em seguida aplicou-se um filtro referente apenas às doses aplicadas de VIP em menores de 1 ano de acordo com a região. Em um terceiro momento aplicou-se um novo filtro referente às doses de VOP em crianças de 1 a 4 anos de acordo com a região brasileira. Resultados: Em 2018 foram imunizadas contra a Poliomielite, incluindo as três primeiras doses e os dois reforços, um total de 11.104.930 crianças. Em relação às doses da VIP, um total de 7.575.166 menores de 1 ano foram contempladas com a vacina, das quais a maior parcela recebeu a primeira dose. Em relação à região brasileira com maior cobertura destaca-se a região Sudeste, correspondendo a 40% do total de imunizados. No que se refere às doses, 2.606.505 crianças receberam a primeira dose, 2.523.877 receberam a segunda e 2.384.996 receberam a terceira dose, sendo mais prevalente em menores de um ano de idade. No que se refere à VOP, obteve-se um total de 4.189.552 crianças de 1 a 4 anos beneficiadas com ambas as doses de reforço. Desse total, 57% receberam o primeiro reforço e 43% receberam o segundo reforço. Em relação à região brasileira com maior cobertura destaca-se a região Sudeste correspondendo a 41% da cobertura nacional. Conclusão: Diante desse contexto, é possível inferir que conforme as crianças ficam mais velhas, menor é a quantidade que recebem o reforço. Isso torna-se preocupante, uma vez que a vacinação incompleta aumenta os riscos de contrair a doença. Logo, é preciso a conscientização de pais e responsáveis acerca da importância dos reforços de vacina em crianças maiores.

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Publicado

2020-02-13

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG