Evolução dos gastos públicos em serviços hospitalares em pacientes internados por câncer de mama em Goiás no Sistema Único de Saúde entre o período de 2008 a 2018

Autores

  • Marina Ramos Ribeiro
  • Gabriela Ramos Ribeiro
  • Paulo Vitor Miranda Macedo de Brito
  • Bruno Leonardo Wadson Silva
  • Eric Mendes de Souza
  • Pedro Henrique Costa Matos da da Silva

Palavras-chave:

Câncer de mama. Gastos públicos. Pacientes internados.

Resumo

Introdução: O Brasil tem acompanhado as altas taxas de incidência e mortalidade de câncer (CA) de mama dos países desenvolvidos, mas as ações fundamentais à prevenção, ao diagnóstico e ao controle da doença não têm acompanhado o mesmo crescimento. Em 2018, nosso país ocupou a primeira posição no ranking de neoplasias primárias do sexo feminino. Estima-se que um em cada três casos pode ser curado se for descoberto logo no início, ou seja, é de grande importância governamental investir em medidas preventivas. Dessa forma, é relevância em realizar estudos com o intuito de analisar os gastos públicos com essa enfermidade é indiscutível. Objetivos: Apresentar os gastos públicos em serviços hospitalares em pacientes internados por câncer de mama entre 2008 e 2018 no estado de Goiás (GO) a partir de uma perspectiva orçamentária. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico em relação aos gastos públicos com internações devido ao câncer de mama no período de jan/2008 a dez/2018.O estudo foi realizado através de informações da base de dados no DataSus e trabalhados na planilha do Excel. Resultados: No total, os gastos do SUS em serviços hospitalares por CA de mama em GO no período de jan/2008 a dez/2018 foi de R$ 20.136.194,35.Em relação à faixa etária, os pacientes que mais gastaram foram os que tinham entre 40 e 49 anos, gastando R$ 5.874.317, 29% do total. A faixa etária que menos gastou foi entre 5 a 9 anos, gastando apenas R$ 430,00, cerca de 0,0021%. Em relação ao sexo, as mulheres tiveram um gasto total muito superior: 19.804.237,29 ( 98,35%), enquanto os homens gastaram 331.957,06 (1,65%). Durante o período analisado, percebe-se que ao longo dos anos os gastos aumentaram de R$ 773.511,97 ,em 2008, para R$ 3.354.994,05 ,em 2018, um aumento total de 433%.Conclusões: No Brasil, a incidência de câncer de mama tem aumentado progressivamente nas últimas décadas. Aliado a isso, a descoberta e utilização de novos medicamentos, equipamentos, tratamentos e terapias são fatores que têm elevado cada vez mais os custos na abordagem destes pacientes. Outro fator importante são os custos associados ao tratamento em estágios mais avançados da doença, o qual é muito mais oneroso do que o feito em estágios iniciais. No Brasil, embora tenha ocorrido avanços consideráveis em relação à prevenção e estratégias de diagnóstico precoce, ainda existe uma grande parcela de casos detectados nos estágios mais avançados. Portanto, investir em diagnóstico precoce, além de aumentar a sobrevida dos pacientes, poderá trazer muitas economias ao SUS. Nesse âmbito, a realização de mais pesquisas pode evidenciar causas e condições que favoreçam o entendimento da atual situação, e medidas que visem melhorá-la. De forma que o acesso aos serviços de mais avançada tecnologia possa continuar sendo garantido ao usuário do SUS, ao mesmo tempo em que a viabilidade financeira aos cofres públicos seja mantida.

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Publicado

2020-02-13

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG