Internações devido a anemia ferropriva, de acordo com a faixa etária, em Goiás entre 2008 e 2018

Autores

  • Vilson Rodrigues de Sousa Junior
  • Gabriella Thais deMoura Dias
  • Guilherme Afonso Custódio
  • Larissa Aquino Rocha
  • Priscilla Cardoso Castro dos Santos
  • Daniel Barbosa de Oliveira Veloso

Palavras-chave:

Anemia ferropriva. Internações. Goiás.

Resumo

Introdução: Anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal, de acordo com o sexo e idade, como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais, seja qual for a causa dessa deficiência. Estimativas da OMS apontam que cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo sejam anêmicos, e que pelo menos metade dessa população seja afetada pela deficiência de ferro. No Brasil houve aumento no número de internações por essa morbidade. Geralmente esses pacientes são tratados ambulatorialmente. Contudo, casos mais graves exigem atenção especial, incluindo internação. Nesse contexto, é de grande relevância conhecer o perfil epidemiológico das internações por anemia ferropriva no Brasil entre 2008 e 2018 segundo cada faixa etária. Objetivo: Descrever a a taxa de internação por anemia ferropriva no Brasil no período entre 2008 e 2018, segundo a faixa etária. Material e Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo de caráter observacional, feito a partir de dados secundários obtidos no Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Foram utilizadas as variáveis “ano de processamento” e “faixa etária”, cujo conteúdo foi “internações” para o período entre 2008 a 2018. Não houveram conflitos de interesse na realização deste trabalho. Resultados: Foram observadas um total de 4135 internações no período que vai de 2008 a 2018 por anemia ferropriva em Goiás, observou-se que o maior índice se deu na população de 70 a 79 anos, onde foram observadas 671 internações no período, enquanto que o menor índice foi de 42 internações visto na faixa etária de 5 a 9 anos. Quando a variável analisada é apenas o ano em questão, nota-se que o número de internações foi maior em 2008, sendo registradas 574 internações e menor em 2017, com 273 internações observadas. Quanto aos custos, observa-se que os custos acompanham os dados sobre o número de internações, sendo maior entre idosos, e menor entre as crianças, uma vez que quanto maior o número de pacientes internados, maiores serão os gastos associados. Conclusão: Verificou-se que de 2008 ao ano de 2018 a quantidade de internações entre menores de um ano e na faixa de 5 a 9 anos ocorreu uma grande variação, porém no último ano datado a quantidade foi a mesma do início do estudo. As demais faixas etárias apresentaram uma diminuição na quantidade de internações do primeiro ao último ano de observação. A etiologia na infância é principalmente a deficiência dietética de ferro, enquanto nos adultos se somam a isso o uso de medicamentos e sangramentos. Em idosos com anemia ferropriva, é mandatória a investigação de perda de sangue por neoplasia intestinal. Assim, se aventa a hipótese de que a menor incidência de internações na faixa etária pediátrica seja decorrente do incentivo ao aleitamento materno e da suplementação de ferro a partir dos seis meses, ou mesmo antes, em casos especiais, preconizada atualmente.

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Publicado

2020-02-16

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG