Análise de distribuição espacial da taxa de mortalidade por doenças cerebrovasculares no estado de goiás no ano de 2015

Autores

  • Matheus Henrique Morais Calazans
  • Gabriela Ramos Ribeiro
  • Jonatan Eduardo Silva
  • Juliana Beatriz Souza de Freitas
  • Marcus Vinicius Menezes da Silva
  • Erika Carvalho de Aquino

Palavras-chave:

Doenças cerebrovasculares. Mortalidade. Goiás.

Resumo

Introdução: As doenças cerebrovasculares (DC) são as responsáveis pela maiores causas de mortalidade no Brasil, apresentam incidência e mortalidade elevadas dentro da realidade brasileira. Quando não levam ao óbito, provocam grandes taxas de incapacitação física nos pacientes. Segundo a OMS, o Acidente Vascular Cerebral representa a segunda causa de morte no mundo, acometendo principalmente indivíduos idosos. Os principais fatores de risco relacionados as DC são: obesidade, hipertensão arterial sistêmica e sedentarismo. Dessa forma, denota-se seu impacto e a necessidade de estudos sobre as taxas de mortalidade por DC no estado de Goiás. Objetivos: Analisar a distribuição espacial da taxa de mortalidade por DC no estado estado de Goiás no ano de 2015. Para que, através dessa análise, seja possível mapear as regiões de maior incidência e prevalência de DC e, por consequência, facilite a prevenção e tratamento nas areas mais acometidas. Material e método: Foi realizada a análise da distribuição espacial da taxa de mortalidade por DC segundo município do Estado de Goiás no ano de 2015. Os dados sobre o número de óbitos foram obtidos a partir do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Os dados populacionais e as malhas digitais para elaboração dos mapas temáticos foram obtidos a partir do IBGE. Foi elaborado um mapa cloroplético. A existência de autocorrelação espacial das taxas foi verificada por meio dos índices de Moran Global e Moran local. O valor do Ìndice foi testado usando 99 permutações aleatórias. A autocorrelação local foi avaliada através do índice de Moran local. Utilizou-se o Diagrama de Espalhamento para identificar áreas críticas com base no índice de Moran local. Resultados: Foram analisados um total de 2734 mortes por DC no ano de 2015. A taxa média de mortalidade por DC foi de 43 óbitos a cada 100 mil habitantes. Os municípios com maiores taxas de mortalidade foram: Novo Brasil (179,48/100mil habitantes), Jaupaci (165,29/100mil habitantes), Castelândia (164,74/100mil habitantes), Avelinópolis (160,26/100mil habitantes), Bom Jardim de Goiás (158,71/100mil habitantes), Santa Rosa de Goiás (146,95/100mil habitantes) e Taquaral de Goiás (137,78/100mil habitantes). A maioria localizado na parte Oeste do Estado. Não foi observada autocorrelação espacial global (Índice de Moran Global=0.027, P-valor=0.25). Através do Diagrama de Espalhamento, foram identificadas áreas críticas de alto risco nas regiões Noroeste, Leste, Sudeste, Nordeste e Norte. Conclusão: Através da análise dos dados, percebe-se uma maior taxa de mortalidade na região Oeste do Estado, contudo não descartou riscos elevados em outras regiões. Assim, leva-se a hipótese do aumento dos fatores que influenciaram o prognóstico de DC, correlacionados com o diagnóstico tardio e o tratamento recebido pelo paciente. A DC é uma condição sensível à atenção primária, sendo de fundamental importância o diagnóstico precoce e o manejo correto do paciente a fim de diminuir a morbimortalidade.

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Publicado

2020-02-16

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG