Intoxicação exógena na faixa etária pediátrica: uma análise epidemiológica

Autores

  • Laís Rodrigues de Melo
  • Ana Paula Soares Vêncio
  • Débora Faria Wachsmuth
  • Karen Ito Tabata
  • Luís Felipe de Abreu Duarte
  • Cláudio Alberto Okiyama

Palavras-chave:

Câncer. Colorretal. Prevalência. Brasil.

Resumo

Introdução: Intoxicações exógenas agudas podem ser definidas como as consequências clínicas e/ou bioquímicas da exposição aguda a substâncias químicas encontradas no ambiente. Crianças é o maior grupo de risco para essa conjuntura pelo seu comportamento curioso de levar tudo o que encontram à boca, a depender da idade, o que aumenta sua exposição aos agentes tóxicos. As principais causas para o contato de crianças com produtos considerados tóxicos são o armazenamento incorreto e a supervisão inadequadas. Objetivo: descrever os índices de intoxicação na faixa etária pediátrica, caracterizando seus principais agentes e o modo de evolução, entre o período de 2015 a 2017, em casos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Material e método: Estudo epidemiológico quantitativo com delineamento transversal de base populacional. Analisaram-se no período de 2015 a 2017 as variáveis: agente tóxico e modo de evolução no Brasil, nas faixas etárias menores de 1 ano até 14 anos. Os dados utilizados foram extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e de artigos pesquisados no banco de dados do Google Acadêmico e PubMed. Resultados: Nos anos de 2015 a 2017 houve, 75.846 casos notificados por intoxicação exógena no intervalo de idade entre menores de 1 ano até os 14 anos. Destes, 33.015 tiveram como principal agente tóxico os medicamentos, seguidos de produto de uso domiciliar (10.877) e 6.105 casos por alimentos e bebidas. Com relação à evolução destes, 60.889 evoluíram bem e sem sequelas, 648 obtiveram a cura com sequelas e 178 crianças e adolescentes evoluíram para óbito. Conclusão: Este estudo demonstrou que o número de casos por intoxicação exógena na faixa etária pediátrica é uma situação prevalente na realidade brasileira. Por ser considerado um agravo evitável, os casos de intoxicação tendem a diminuir á medida que se doa a necessária atenção á problemática. Faz-se necessária a mobilização de diferentes segmentos da população com a finalidade de assegurar às crianças e suas famílias informações que envolvam aspectos preventivos e terapêuticos das intoxicações, reduzindo índices de mortalidade e minimizando aspectos relativos à morbidade deste tipo de acidente infantil.

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Publicado

2020-02-16

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG