Fundamentos das complicações na otoplastia: uma revisão bibliográfica

Autores

  • Victoria Malzoni Dias Porto
  • Marcela Moreira Ribeiro
  • Vitor Coletty dos Santos
  • João Paulo Frota Damásio
  • Múcio João Porto

Palavras-chave:

Orelha externa. Cirurgia plástica. Complicações. Cirurgia. Estética. Procedimentos cirúrgicos otológicos.

Resumo

Introdução : A otoplastia é o procedimento para correção de orelhas proeminentes, que é a deformidade congênita herdada de forma autossômica dominante mais comum na região da cabeça e pescoço, sendo por isso um tema de complexa relevância. Diante das complicações inerentes a um procedimento cirúrgico, a otoplastia também detém dessas complicações, que ainda possui poucos estudos sobre suas repercussões e abordagens. Objetivo: Trazer à atenção da comunidade médica as diversas complicações inerentes à cirurgia de otoplastia a fim de promover estudo científico e maiores debates acerca do tema, enfatizando sua ocorrência no pós-operatório imediato e tardio. Material e método: Foram selecionados artigos científicos obtidos nas plataformas Google Scholar e Scielo com a proposta de abordar as complicações da otoplastia. Foram utilizados os descritores “Complicações da Otoplastia” e “Otoplastia” em inglês e português. Teve-se análise de todos os trabalhos encontrados que abordavam o tema. Resultados: Diante das principais complicações encontradas, as mesmas foram divididas em dois grupos de complicações, sendo eles os de complicações imediatas e tardias. As imediatas foram em ordem de incidência: a manifestação de infecção, ocorrência de hematoma e necrose de pele. Já as complicações tardias abrangem o mau posicionamento, problemas relacionados à sutura, cicatrizes hipertróficas e quelóides, sendo que alguns pacientes apresentavam mais de uma complicação. Ainda, a dor é um sintoma de alerta em se tratando do pós-operatório da otoplastia que pode ser resultante de infecção, hematoma, necrose da pele ou pressão em excesso pelo curativo. Outras complicações ainda foram referidas como epidermólise, extrusão e formação de granuloma em pontos de Mustardé, perfuração da superfície cutânea, sangramento e fratura de cartilagem. Dentre essas complicações, algumas não precisaram de intervenção. Foi observado principalmente que nos primeiros dias de pós-operatório o edema naqueles que realizavam raspagem de cartilagem foi maior do que naqueles que não o realizavam. Sendo assim, apesar das vantagens encontradas com a raspagem de cartilagem, essa possui alguns pontos negativos, como maior tempo cirúrgico, edema mais acentuado, laceração tecidual da superfície cutânea anterior dentre outras intercorrências anteriormente citadas que podem ocasionar uma antihélice artificial e pontiaguda. Conclusão: A otoplastia mostra-se uma cirurgia de extrema importância apesar de não ocasionar alterações fisiológicas, pois repercute em aspectos psicossociais e emocionais do paciente. Dessa forma, o conhecimento sobre complicações na otoplastia mostra-se de extrema importância pois são impasses possíveis de ocorrerem diante de tal abordagem cirúrgica de ampla realização, sendo escasso o conhecimento científico sobre incidências no panorama mundial.

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Publicado

2020-02-17

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG