Comparação entre o índice masculino e o feminino de mortalidade por infarto agudo do miocárdio nas regiões do Brasil

Autores

  • Ana Lígia Valeriano de Oliveira
  • Jordana Gonçalves Gonçalves de Miranda Amaral
  • Eduarda Tatico Lagares
  • Isabela Castro Pereira
  • Andressa Pimentel Afiune
  • Isabel Cristina C.M Francescantonio

Palavras-chave:

Infarto agudo do miocárdio. Doenças isquêmicas do coração. Índice de mortalidade.

Resumo

Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) ocorre como a morte de uma região do músculo cardíaco, por falta de oxigênio e irrigação sanguínea. Tal oxigenação necessária ao funcionamento do coração é desempenhada por um conjunto de vasos sanguíneos denominados artérias coronárias. Quando essas são obstruídas, impede o suprimento de sangue e oxigênio ao músculo, resultando em necrose, e se esta área necrosada for grande, o coração para. Essa enfermidade é responsável por elevado número de óbitos no Brasil, sendo considerada a principal causa isolada de morte no país e faz parte de um grupo de doenças chamado Doenças Isquêmicas do Coração. Existem vários fatores responsáveis pelo infarto do miocárdio, sendo eles: idade, colesterol, o diabetes, obesidade, tabagismo, a inatividade física e o “estresse” responsáveis por desempenharem um papel importante na produção do infarto. De acordo com a literatura, a incidência de IAM depende do estilo de vida de cada pessoa, hábitos que propiciam a manutenção ou progressão da doença arterocoronariana e outras formas de manifestações. Com ajuda de uma equipe multidisciplinar pode-se desenvolver mecanismos que levem os indivíduos a assumirem uma atitude ativa diante de sua doença, conhecendo e controlando os fatores de risco presentes no estilo de vida. Objetivo: Traçar dados de mortalidade por infarto agudo do miocárdio por sexo nas cinco regiões brasileiras: norte, nordeste, sul, sudeste e centro-oeste. A fim de conscientizar a população e os profissionais de saúde acerca da necessidade de se agir preventivamente visando diminuir os índices de mortalidade por IAM. Material e método: Traçar dados de mortalidade por IAM nas diferentes regiões brasileiras entre os anos de 2012 a 2016, por meio da comparação de dados colhidos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Foram analisadas, em cada região, as variáveis mortalidade geral por IAM (MG), mortalidade masculina por IAM (MM) e mortalidade feminina por IAM (MF). Resultados: Os índices de mortalidade por IAM geral por região e por sexo masculino e feminino se apresentaram da seguinte forma: Norte (MG=4,9%; MM=6,0%; MF=5,5%), Nordeste (MG=27,2%; MM=7,3%; MF=7,5%), Sudeste (MG=46,5%; MM=7,7%; MF=6,6%), Sul (MG=14,8%; MM=7,3%; MF=6,5%) e Centro-Oeste (MG=6,3%; MM=7,3%; MF=6,3%). Conclusão: Pode-se observar com o estudo que a região Sudeste apresentou maior índice de mortalidade geral por IAM (MG=46,5%). Além disso, o índice de mortalidade masculina por IAM foi maior nas regiões Norte (6,0%>5,5%), Sudeste (7,7%>6,6%), Sul (7,3%>6,5%) e Centro-Oeste (7,3%>6,3%), enquanto no Nordeste o índice de mortalidade feminino por IAM superou o masculino (7,3%<7,5%). Tendo em vista que o IAM é uma doença possível de ser prevenida, principalmente, por mudanças nos estilos de vida e acompanhamento médico, conclui-se, por meio dos resultados deste estudo, a necessidade de maior orientação e conscientização da população pelos profissionais da saúde acerca da importância de se prevenir essa doença que representa alta taxa de mortalidade nas regiões brasileiras.

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Publicado

2020-02-19

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG