Ascensão das IST em idosos

Autores

  • Gabriela Ramos Ribeiro
  • Adriano Ferro Ferro Rotondano Filho
  • Thais Carolina Alves Cardoso
  • Marina Ramos Ribeiro
  • Pedro Tomaz Esper
  • Silvia Cristina Marques Nunes Pricinote

Palavras-chave:

HIV. Idosos. IST.

Resumo

Introdução: No Brasil observou-se um aumento significativo na expectativa de vida da população, cursando com uma inversão da pirâmide etária. Isso se deve a uma queda na taxa de mortalidade, bem como na taxa de fecundidade. De acordo com os indicadores, no país, a população com idade acima de 60 anos passou de 3 milhões em 1970 para 7 milhões em 1975, 14 milhões em 2002 e 20 milhões em 2010, isso representa um aumento total de 600% em apenas 50 anos. Além dessa transição demográfica, o Brasil vem passando também por uma transição epidemiológica, que, enquanto nos demais países foi caracterizada por uma redução das doenças infecciosas e parasitárias e, ascensão das doenças crônicodegenerativas, nos estados brasileiros, pode-se observar a permanência dessas duas entidades como principais causas de morte. Objetivo: Avaliar a ascensão das infecções sexualmente transmissíveis nos idosos, dando ênfase na infecção pelo HIV. Material e método: Trata-se de uma revisão integrativa, em que a busca por artigos foi realizada nas plataformas Google Acadêmico, National Library of Medicine and National Institutes of Hellth (PubMed) e Scientific electronic Library Online (SciELO). Foram utilizados 15 artigos com restrição de tempo de publicação de 2011 a 2018 e que, atendiam ao objetivo do estudo. Foram utilizados os seguintes descritores: “idosos” e “HIV” nos idiomas português e inglês. Resultados: Sabe-se hoje que, o passar do tempo não interfere, necessariamente, na libido do homem e da mulher senil, mesmo havendo alterações anatômicas e fisiológicas na senescência e que, somado a criação de agentes farmacológicos para disfunção sexual acabou-se observando uma elevação dessa prática nesse grupo. Entretanto, devido a criação de uma visão estereotipada do idoso, sendo considerado um ser "assexual", observamos certa negligência pelas campanhas de conscientização sobre o uso de preservativos e transmissão de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) o que contribui para a persistência dessa cultura de estereótipos e permanência dos idosos como um grupo de risco. Logo, podese observar um drástico aumento de ISTs, sendo que delas, a infecção pelo HIV, é a que mais se destaca. Essa doença leva a uma disfunção no sistema imunológico do indivíduo propiciando assim a instalação de doenças oportunistas, elevando a morbidade e mortalidade desses indivíduos. De acordo aos estudos, apenas 16,64% dos indivíduos entre 50 e 64 anos confirmaram o uso de preservativos. Isso seria explicado pela menor preocupação dessa população com a concepção, dificuldades com manuseio de preservativo, estabilidade do relacionamento e submissão ao companheiro. Já em relação a qualidade de vida desses idosos convivendo com HIV/AIDS, foi comprovado que a maioria deles apresentam menores escores nas escalas de QV comparada a idosos não infectados. isso seria explicado pelas alterações já características da senilidade associadas as limitações impostas pelo vírus. Conclusão: A partir dos estudos, conclui-se a necessidade em maiores investimentos públicos em educação em saúde dos idosos, uma vez que esse grupo apresenta ainda um conhecimento insatisfatório sobre a correta transmissão da doença, além das complicações e limitações estabelecidas pela AIDS. Além de maior objetividade dos profissionais de saúde limitando seu campo de diagnósticos a preceitos e paradigmas já quebrados pela globalização.
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Publicado

2020-02-19

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG