Aprendizado e inclusão: benefícios que a tecnologia Oferece às crianças portadoras da síndrome de Asperge

Autores

  • Alane Franco Lins
  • Stéphanie Cândida Abdala Gomes
  • Gabriela Arantes Araùjo
  • Karoline Mariane Julião
  • Rafaella Lorrayne Aquino Neto
  • Constanza Thaise Xavier

Palavras-chave:

Síndrome de Asperger. Aprendizagem. Tecnologia.

Resumo

Introdução: A Síndrome de Asperger (SA) está inclusa no espectro autista como uma forma mais branda dele e se caracteriza por apresentar nos indivíduos acometidos diversos prejuízos, sobretudo na comunicação e na socialização. Nesse contexto, a tecnologia traz consigo a esperança de oferecer às crianças com SA um melhor aprendizado, visto que pode ser utilizada como uma ferramenta benéfica tanto para fazer com que haja uma maior interação entre elas e as outras crianças, como também para a fixação de novos conhecimentos. Objetivo: Relacionar o uso da tecnologia nas salas de aula com o desempenho escolar das crianças com Síndrome de Asperger. Material e Método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, em que foram utilizados 10 artigos, de 2015 a 2019, pesquisados nos bancos de dados Scielo e revistas eletrônicas de saúde a partir dos descritores indexados no DeCS: Asperger Syndrome, Learning e Socialization. Os critérios de inclusão utilizados foram: relevância temática e publicação em língua portuguesa. Resultados e discussão: A relação entre o uso da tecnologia e a performance da criança com SA mostrou-se bastante positiva em todos os artigos pesquisados, apesar de grandes limitações vivenciadas, dentre as quais as principais são: pouca qualificação do profissional da educação, ausência de um Atendimento Educacional Especializado (AEE), falta de recursos para a aplicação dessa metodologia nas salas de aula e a dificuldade em dar continuidade aos projetos criados por falta de investidores. Diante dessa perspectiva, nota-se que em escolas em que a utilização dos artifícios tecnológicos é amplo, as crianças, após um tempo, tornaram-se muito mais autônomas e com maior facilidade para desenvolver habilidades funcionais, emocionais, psicológicas, intelectuais, além do progresso nas atividades de conversação, importantes para o estabelecimento de vínculos e laços interpessoais. Em um dos artigos são referenciados alguns aplicativos que podem ser utilizados em prol do aprendizado das crianças com SA, tais como “Go sequencing”, o “FirstThen” e o “Minha Rotina Especial”, em todos percebese o objetivo de proporcionar a eles uma forma de organizar a rotina de forma clara, diminuindo, assim, a ansiedade na transição das atividades e possibilitando uma maior independência, pontos fundamentais para auxiliar na aprendizagem e promover o desenvolvimento de habilidades de, por exemplo, classificação por cores ou números ou símbolos. Conclusão: Evidencia-se, portanto, que a tecnologia quando bem utilizada é um material que não só aumenta o interesse das crianças com Síndrome de Asperger quanto aos conteúdos dado nas escolas, mas também representa uma maneira de inclusão social, que reduz as dificuldades cognitivas e é bem aceita pelos pais. Dessa forma, verifica-se que o desempenho das crianças com essa síndrome que tiveram acesso a esses aparatos tecnológicos obtiveram melhores resultados quando comparados àqueles que, por algum motivo, foram privados de tal ferramenta.

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Publicado

2020-02-26

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG