Projeto de voluntariado durante a graduação médica –Higiene para todos

Autores

  • Suzana Alves Mundim Carneiro
  • Karolyne Gomes Miranda
  • Yaman Paula Barbosa
  • Guilherme do Vale Bessa
  • Luciana Caetano Fernandes

Palavras-chave:

Higiene. Voluntariado. Ação Educativa.

Resumo

Introdução: os projetos de voluntariado têm sua origem com o Cristianismo, onde a caridade ganhou maior significado. As práticas voluntárias ganharam maior vigor no ano de 2001, que foi instituído pela ONU como o Ano Internacional do Voluntariado. Aliado ao fato dos cursos da área da saúde serem baseados no cuidado com o próximo, o curso de Medicina do Centro Universitário de Anápolis criou um projeto de extensão com acadêmicos voluntários para sanar algumas dificuldades que os orfanatos e asilos da região haviam. Objetivo: relatar a experiência dos acadêmicos de medicina em desenvolver uma ação educativa lúdica sobre higiene com as crianças em um orfanato da região. Relato de experiência: realizado no dia 01 de junho de 2019 no Instituto Luz de Jesus, na cidade de Anápolis- GO, pelos acadêmicos de medicina do Centro Universitário de Anápolis, durante uma de suas ações extensionista de voluntariado. Foi feito uma visita ao instituto para levantar as principais dificuldades apresentadas pelas crianças residentes. Dentre os obstáculos encontrados, o que ganhou maior destaque foi a questão da higiene pessoal e coletiva, visto que esse era um assunto básico, mas que ainda havia muita desinformação e acabava contribuindo para dificuldade no convívio em grupo, além de ser uma porta de entrada para inúmeras doenças. No começo da ação, foram realizadas 3 perguntas básicas sobre higiene: “posso compartilhar a escova de dentes com o colega?”; “posso comer algo que caiu no chão?”, “posso banhar de piscina e não lavar o cabelo?”. Observamos que uma minoria acertou as 3 perguntas. Após isso, utilizamos demonstrações lúdicas e exemplos do cotidiano para ensinar sobre os principais hábitos de higiene pessoal e coletiva. Após as demonstrações, dividimos as 36 crianças em dois grupos, o azul e o vermelho. Era escolhido uma criança de cada grupo para responder às perguntas referentes ao que foi exposto, caso uma das crianças perdesse, ela levava “torta na cara”. Realizamos 50 perguntas. Ao fim da brincadeira, o grupo azul acertou 26 perguntas e, o vermelho, 24. Todas as perguntas foram acertadas por pelo menos um dos grupos. Discussão: durante o desenvolvimento da gincana, observamos a melhora do conhecimento das crianças, que ficou claro após serem capazes de responderem às três perguntas realizadas no momento anterior, antes das demonstrações. Além disso, podemos perceber a aproximação entre nós acadêmicos e as crianças que participaram, o que ratificou a importância de se ter essa relação de troca interpessoal e do cuidado com o próximo na área da saúde. Conclusão: a ação realizada foi benéfica para ambas partes. Os acadêmicos foram os mais privilegiados, pois desfrutaram do amor e gratidão das crianças, além de experimentar a experiencia de repassar conhecimento. Já as crianças, adquiriram informações sobre os hábitos de higiene, que, apesar de serem básicas, são fundamentais, principalmente para essas crianças, as quais vivem em grupo e possuem pouca supervisão de adultos e que, muitas vezes, não tem esses valores básicos de higiene formados em um ambiente familiar. Este trabalho voluntário seguiu a lógica mais substantiva de atuação, pois conseguiu evocar um crescimento pessoal entre os voluntários, além de ajudar aqueles que tinham alguma carência, contribuindo, assim, para uma melhor relação interpessoal na comunidade.

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Publicado

2020-02-26

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG