Intervenção Social sobre o Lúpus

Autores

  • Jordana Diniz Ribeiro Firmo
  • Camila França Arruda
  • Maria Rita Resende Chaves
  • Andressa Meline Cozer
  • Pedro Humberto Guimarães Alves
  • Claudinei Sousa Lima

Palavras-chave:

lúpus eritematoso cutâneo. Lúpus eritematoso sistêmico. Educação em saúde.

Resumo

Introdução: o Lúpus Eritematoso é uma doença crônica rara de origem autoimune, na qual o sistema imunológico reage contra células da própria pessoa, podendo ocorrer em qualquer idade, raça e sexo, porém mulheres são mais acometidas. Caracteriza-se por um amplo espectro de manifestações clínicas, podendo ser cutânea, como manchas na pele, ou sistêmica, na qual um ou mais órgãos internos são acometidos. Objetivo: Relatar as experiências dos acadêmicos de medicina em uma ação educativa voltada para esclarecer à comunidade sobre o Lúpus Eritematoso. Relato de experiência: Ao realizar a ação foi distribuído panfletos com informações importantes sobre a doença. As pessoas no Parque Ipiranga foram muito receptivas e demonstraram interesse no assunto. Ao entregar os panfletos foi falado um pouco sobre o tema, os pontos que mais chamaram a atenção da população foi o fato de a doença não ser contagiosa e seus principais sinais e sintomas. Muitas pessoas relataram já terem pelo menos ouvido falar da doença, de forma que muitos conheciam alguns dos sinais e sintomas. Ademais, a população se surpreendeu ao descobrir que existiam diferentes tipos de manifestação da doença. Além disso, eles desejavam conhecer mais das causas da doença, de modo que o conhecimento prévio sobre o assunto foi requisitado aos acadêmicos. Além disso, a possibilidade de tratamento e, principalmente, informações sobre como evitar o quadro agudo do Lúpus Eritematoso foi muito abordado pelos participantes. Discussão: De acordo com o Consenso de Lúpus Eritematoso Sistêmico, a clínica da doença pode abranger vários sistemas. Eritema malar, lesão discóide, fotossensibilidade, úlceras orais/nasais, artrite, serosite, comprometimento renal, alterações neurológicas, hematológicas e imunológicas, além dos anticorpos antinucleares, incluem algumas das alterações clínicas. Dessa forma, a ação se faz muito importante ao alertar a população sobre o quadro clínico, permitindo que o doente busque atendimento logo no ínicio das manifestações. Esse mesmo consenso alerta a necessidade de terapia de intervenção multimodal e multiprofissional, incluindo o autocuidado do paciente, com medidas de fotoproteção, controle dos fatores de risco cardiovasculares, abolição do ato de fumar e atividade física regular (o repouso deve ser recomendado apenas nos períodos de atividade sistêmica da doença). Orientar a população sobre essas medidas gerais foi essencial, visto que a maioria não tinha esse conhecimento. Ademais, os estudantes puderam aplicar na prática o conhecimento teórico adquirido durante a revisão bibliográfica anterior à ação. Percebe-se também que, frequentemente, os pacientes são poliqueixosos e necessitam do apoio familiar, assim, a família, por vezes, é ponto chave no processo de manutenção da remissão da doença, já que pode auxiliar no combate aos fatores precipitantes da agudização da doença. Conclusão: A realização de ações sociais que visem informar a comunidade acerca de doenças pouco divulgadas é de extrema relevância, visto que reconhecer uma enfermidade em seu estágio inicial implica um melhor prognóstico. Por outro lado, além de beneficiar a sociedade, esse tipo de projeto tem um papel importante no desenvolvimento acadêmico do estudante de medicina, onde, eles podem colocar em prática o conteúdo aprendido e criar um vínculo social com a comunidade.

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Publicado

2020-02-26

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG