Extensão na gradução em medicina: o efeito social das Ações sobre amamentação

Autores

  • Miguel Carlos Azevedo Cruz
  • Yago José Fagundes de Freitas
  • Naiza Murielly Pereira Borges
  • Thaís Ribeiro Garcia
  • Guilherme Correa Nassif
  • Jalsi Tacon Arruda

Palavras-chave:

Extensão. Comunidade. Aleitamento materno.

Resumo

Introdução: O tripé da graduação baseia-se no ensino, pesquisa e extensão. Desse modo, não há dúvidas de que o último termo seja um dos mais importantes para a ampliação do contato do acadêmico com a comunidade. Esse contato é fundamental para que o aluno compreenda a realidade do lugar em que atua e assim tornar-se capaz de transformá-lo. Perante isso, com o objetivo de entender e modificar a realidade das famílias de Anápolis, a Liga Acadêmica de Ginecologia (LAGO) desenvolveu ações extensionistas sobre a importância da amamentação em CAIS e parques da cidade. Relato de experiência: As ações da LAGO sobre amamentação aconteciam de forma continuada, isto é, semanalmente no CAIS da Mulher localizado no bairro Maracanã, e de forma não-continuada no Parque Ipiranga localizado no bairro Jundiaí. A ações se estruturam na distribuição de panfletos e posterior conscientização e discussão sobre a importância da amamentação. Com foco principal em mulheres gestantes ou acompanhadas de crianças. O público apresentava boa recepção e de forma geral era atencioso com os integrantes da liga. Discussão: As ações da liga se pautavam na importância da amamentação tendo em vista que, segundo recomendações da Organização Mundial da Saúde, o aleitamento materno deve ocorrer até os dois anos de idade e como forma exclusiva de alimentação até aos seis meses de vida. Contudo, essas recomendações estão distantes da realidade brasileira, na qual, apenas 40% das crianças menores de seis meses recebem aleitamento materno exclusivo, segundo o Ministério da Saúde. Dessa forma, o maior objetivo da LAGO era promover conhecimento e conscientização para atenuar essa realidade em Anápolis. Com o passar do tempo, a liga enxergou um elemento que geralmente era desprezado nas ações, o papel paterno. Conforme, as ações aconteciam era visível a aumento da atenção do pai, isto é, eles estavam cada vez mais interessados sobre o assunto, tanto pela parte teórica como pela prática. Demostrando que desejavam apoiar a mulher não apenas com palavras de conforto, mas também com suporte técnico. Para isso, também aprendiam as posições, pegas e elementos facilitadores para que a amamentação acontecesse com sucesso. Outra observação feita nas ações foi sobre a realidade social, no Parque Ipiranga localizado em um bairro de classe média a média alta, tanto os pais como as mães demostravam grande interesse e tinham bom histórico com a amamentação. Já no CAIS Mulher localizado em

 um bairro mais carente, as mulheres demostravam menos interesse pela temática, mesmo estando grávidas, e os parceiros geralmente estavam ausentes e quando presentes não demostravam interesse. Além do mais, havia muitos relatos de complicações fisiológicas e psicológicas na hora da amamentar. Conclusão: É inegável o papel da extensão para transformação da realidade de uma comunidade ou de várias comunidades. A LAGO ao longo do primeiro semestre, tornou-se cada vez mais consciente desse papel, e com a experiência adquirida ao longo desse tempo foi capaz de desenvolver um trabalho mais profícuo para o próximo semestre. As ações depreendidas até agora demostraram que a liga ao invés de conscientizar a mulher sobre a amamentação, deve conscientizar toda a família, focando tanto no elemento materno como no elemento paterno. Além disso, a liga também deve priorizar as áreas mais carentes da cidade, onde o acesso a informação e o apoio técnico são mais escassos.

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Publicado

2020-02-26

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG