Alterações na função sistólica do ventrículo esquerdo: efeitos de um envelhecimento sedentário comparado a uma vida de práticas de exercício

Autores

  • Anderson Cândido Costa Silva
  • Bianca Mendonça Reis
  • Carolina Bragança e Silva
  • Gabriela El Bazi
  • Ravy Soares Álvares
  • Henrique Poletti Zani

Palavras-chave:

Ventrículo Esquerdo, Idosos, Sendentarismo, Exercícios Físicos

Resumo

É fato que a transição demográfica, caracterizada por uma mudança significativa da pirâmide etária, é uma uma realidade em meio a países desenvolvidos, tendo, dessa forma, como consequência a formação de populações cujo perfil é envelhecido. O processo do envelhecimento está relacionado diretamente com alterações morfofisiológicas do sistema orgânico, as quais contribuem para o desenvolvimento de doenças crônicas. Um meio de retardar essas alterações se da com uma vida de práticas de exercícios físicos, o que mantém a qualidade de vida desses indivíduos. Diante disso, este estudo tem como objetivo comparar a alteração na função sistólica do VE em um envelhecimento sedentário e em um vida de práticas de exercícios físicos a partir de 5 artigos selecionados nas bases do PubMed, utilizando os descritores ciência da saúde: “left ventricular compliance; aging; exercise; sedentary”; com seleção de artigos publicados entre 2014 e 2019. O ventrículo esquerdo sofre alterações em sua dimensão, em sua complacência na câmera, em sua espessura da parede e em sua massa muscular em meio a um envelhecimento sedentário; enquanto em um envelhecimento fisicamente ativo suas características morfofuncionais são preservadas ou aperfeiçoadas. Havendo alterações morfosiológicas no VE, sua função sistólica também é alterada, contribuindo, dessa forma, para o desenvolvimento de fisiopatologias cardíacas. Concluiu-se que a prática de exercícios físicos ao longo da vida é imprescindível para evitar fisiopatologias relacionadas ao VE do sistema cardiovascular em idosos.

Referências

BUENO, C., et al. Relação entre capacidade cardiorrespiratória, intensidade do exercício e função cognitiva de idosos fisicamente ativos: estudo piloto Marcelo Porto. Boletim Técnico, v. 1, n. 1, 2019.

BHELLA, P., et al. Impact of Lifelong Exercise “Dose” on Left Ventricular Compliance and Distensibility. J Am Coll Cardiol, v. 64, n.12, p. 1257-1266, 2014.

CARRICK-RANSON, G., et al. The effect of 1 year of Alagebrium and moderate-intensity exercise training on left ventricular function during exercise in seniors: a randomized controlled trial. Journal of Applied Physiology, v. 121, n. 2, p. 528-36, 2016.

DE VITTA, A. Atividade física e bem-estar na velhice. In A.L. Neri e S.A.Freire. (orgs.), E por falar em boa velhice . Campinas, SP: Papirus, p.25-38, 2000.

HIEDA, M., et al. Impact of Lifelong Exercise Training Dose on Ventricular-Arterial Coupling. Circulation, v. 138, n. 23, p. 2638-2647, 2018.

HOWDEN, E., et al. Effects of Sedentary Aging and Lifelong Exercise on Left Ventricular Systolic Function. Medicine & Science in Sports & Exercise, v. 50, n. 3, p. 494-501, 2018.

MAESSEN, M., et al. Benefits of lifelong exercise training on left ventricular function after myocardial infarction. European Journal of Preventive Cardiology, v. 24, n. 17, p. 1856-1866, 2017.

NOBRE, L., et al. Changeable risk factors for cardiovascular disease: effect of an education program/Fatores de risco modificáveis de doenças cardiovasculares: efeito de um programa de educacao. Alimentos e Nutricao [Brazilian Journal of Food and Nutrition], v. 23, n. 4, p. 671, 2012

PRESTON, S.; STOKES, A., et al. Sources of Population Aging in More and Less Developed Countries. Population Development Revision, v. 38, n. 2, p. 221-236,2012.

SPAKI, I.; DAL-CÓL, G. Efeito de um programa regular de exercícios físicos em indivíduos idosos sobre parâmetros cardiovasculares e antropométricos, vitrine de produção acadêmica. Centro universitário Dom Bosco, v. 6, n. 1, 2019.

Downloads

Publicado

2019-07-01

Edição

Seção

RESUMOS - Envelhecimento e Epidemiologia das Doenças Crônicas Não Transmissiveis