PLACENTITE CRIPTOCÓCICA EM GESTANTE HIV POSITIVA, ASSOCIADA À SEPSE POR BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES

Autores

  • Luany Patrícia Liberato de Oliveira
  • Lucas Mike Naves Silva
  • Paulo André Assumpção Aires Fonseca
  • Raquel Freitas Carneiro
  • Denis Masashi Sugita

Resumo

A criptococose é uma micose sistêmica, transmitida, geralmente, pela inalação de partículas infecciosas, propagadas pelo ar ou em fezes de pássaros secas e contaminadas. Em indivíduos imunodeficientes, como os infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), o principal agente etiológico é o Cryptococcus neoformans. O objetivo deste trabalho é relatar o caso de uma gestante HIV positiva, acometida por criptococose pulmonar e placentária, doenças sexualmente transmissíveis e sepse. Foi realizada busca de artigos em banco de dados indexados. A paciente em questão, de 29 anos, foi diagnosticada com HIV, sepse por Acinetobacter, herpes genital, molusco contagioso e HPV. Com 30 semanas incompletas de gestação, foi realizada cesárea devido a sofrimento fetal. O anatomopatológico da placenta mostrou vilosite crônica com presença de C. neoformans. No recém-nascido, apesar de séptico, não houve diagnóstico laboratorial de criptococose. A literatura é escassa quanto aos casos de placentite criptocócica. A grande maioria dos doentes é imunodeprimida e, geralmente, a doença cursa com meningite. O mecanismo exato de disseminação para a placenta é desconhecido, assim como o modo de invasão e sobrevivência nos espaços intervilosos e nas vilosidades coriônicas. É de extrema importância a análise – muitas vezes negligenciada – macro e microscópica da placenta, em todas as gestantes diagnosticadas com criptococose. Não foram encontrados artigos da língua portuguesa publicados sobre placentite criptocócica em gestantes com HIV. Os trabalhos publicados em outras línguas são raros e inconclusivos.

Publicado

2016-06-01

Edição

Seção

RESUMOS - Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente